O novo advogado do goleiro Bruno, Francisco Simim, que assumiu a defesa do jogador no início do mês, declarou que "houve crime, não tenho dúvida de que o corpo de Eliza não vai aparecer". A frase mostra a mudança da estratégia da defesa do acusado de matar a ex-namorada Eliza Samudio. Preso há um ano e cinco meses, essa é a primeira vez que algum dos envolvidos admite que Eliza realmente está morta.
O goleiro, detido na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, faz 27 anos nesta sexta-feira (23) e deposita no novo advogado a responsabilidade de provar que ele não teve participação no assassinato. "Seria uma bobagem negar que houve o crime. O corpo dessa moça nunca apareceu porque ela está morta, mas Bruno não é o mandante e não teve nada com isso. A última vez que Bruno viu Eliza, ela estava viva", diz Simim.
Sem dar detalhes, o novo advogado faz ainda uma "previsão" de que algum dos outros três acusados de participação no crime pode assumir a culpa durante o julgamento, que ainda não tem data marcada. Além de Bruno, continuam presos o ex-policial civil, Marcos Aparecido dos Santos, Bola, e o braço-direito do jogador, Luiz Henrique Romão, Macarrão. O primo de Bruno, Sérgio Sales, responde em liberdade.