Um homem morreu e dois ônibus foram queimados na noite desta quarta-feira (11) durante confusão entre a Polícia Militar (PM) e moradores do Conjunto Alterosa, na região do bairro Veneza, em Ribeirão das Neves. De acordo com a corporação, tudo começou depois quando militares foram surpreendidos durante um patrulhamento de rotina por três homens armados que tentaram atirar contra o carro da PM.
Segundo a versão dos militares, os policiais reagiram e acabaram acertando um dos homens que tinha 19 anos. Ele foi socorrido para o Hospital São Judas Tadeu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A morte do rapaz provocou protestos na região.
O tenente-coronel Evandro Borges explicou que os manifestantes fizeram barricadas no interior do conjunto, atearam fogo em pneus, paus e madeiras e passaram a insultar e a incitar a violência dentro do Conjunto Alterosa. "Infelizmente eles se opuseram à ordem da Polícia Militar para desobstruir a via e foi necessário fazer o uso, admissão química, gás de pimenta, gás lacrimogênio, gás de efeito moral, no sentido de restabelecer a ordem no local", disse Borges em entrevista à TV Globo.
Ainda segundo ele, houve confronto com a polícia e foi preciso pedir reforço.
Na confusão, dois ônibus foram queimados e o motorista de um deles teve ferimentos leves e foi socorrido para o hospital. Moradores dificultaram a entrada dos bombeiros na região do Conjunto Alterosa.
A PM informou que o rapaz tinha passagens por tráfico. Em fotos divulgadas pela polícia, o rapaz aparece fazendo apologia ao uso de drogas. Com ele, os militares apreenderam uma pistola 765. "É importante destacar que no Conjunto Alterosa a grande maioria das pessoas que ali residem são pessoas de bem, mas, infelizmente, existem criminosos que tendem a restabelecer uma ordem própria no local e que nós não vamos admitir. A Polícia Militar vai continuar atuando, vai continuar realizando as operações preventivas no local. Nós não vamos deixar população de bem desamparada naquele local", ponderou o policial militar.
O comando da PM informou que os militares envolvidos na troca de tiros foram ouvidos pela Corregedoria e estão detidos em um quartel. Um procedimento administrativo será aberto para apurar a conduta deles durante a ocorrência. Já os outros dois homens fugiram e ainda não foram localizados.