A jovem Bianca Larissa Vieira Caldeira, de 22 anos, foi formalmente indiciada pela Polícia Civil sob a suspeita de ter cometido o homicídio de seu namorado, Júnio Pereira Barbosa, de 27 anos. A morte ocorreu no dia 28 de dezembro do ano passado e é investigada como um caso de envenenamento seguido de asfixia.
O delegado Marcus Rios, da Delegacia de Homicídios de Ribeirão das Neves, informou que o inquérito policial foi concluído nesta semana, resultando no indiciamento de Bianca por homicídio qualificado - pelas qualificadoras de motivo fútil e envenenamento - ocultação de cadáver, fraude processual e incêndio do veículo da vítima.
No dia 27 de dezembro, ela teria oferecido uma pizza envenenada ao namorado. Na madrugada seguinte, após a vítima passar mal, ela o asfixiou até a morte. Posteriormente, enrolou o corpo em uma lona e um cobertor, ocultando-o até o momento em que tentaria enterrá-lo. Além disso, ela é acusada de incendiar o carro da vítima no Bairro Monte Verde.
Bianca Larissa Vieira Caldeira foi presa em flagrante pela Polícia Militar no dia 29 de dezembro de 2024, após confessar que matou o namorado no bairro Jardim Colonial. Sua prisão foi convertida de temporária para preventiva.
O relacionamento de seis anos entre eles era marcado por pressões da mulher para oficializar a união. Segundo o delegado Rios, a investigada submetia o namorado a agressões verbais e psicológicas, além de insistir no casamento. Apesar de ela mesma ter arcado com os custos da cerimônia, Júnio Pereira Barbosa desistiu do casamento dez dias antes da data, embora tenha optado por manter o namoro.
As investigações sugerem que a motivação do crime foi a frustração de Bianca pela não concretização do casamento.
De acordo com o delegado Rios, a suspeita não apenas planejou e executou o crime, mas também tentou ocultar o corpo da vítima.
Há indícios de que a suspeita mantinha um relacionamento extraconjugal e teria buscado informações sobre como adquirir veneno. Entretanto, a investigação apontou que o homem não tem nenhuma relação com a morte de Júnio.
A defesa da indiciada não foi localizada para comentar o caso.