A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promoveu, nessa quinta-feira (20), audiência pública com participação de lideranças e moradores de várias cidades da RMBH sobre o funcionamento do Move Metropolitano. A conclusão dos deputados foi de que há necessidade urgente de ajustes no após consulta aos usuários, aliada à implantação de outras alternativas de mobilidade urbana.
Entre os problemas apontados pela população estão ônibus lotados, conexões desnecessárias, atrasos, tarifas abusivas, insegurança, infraestrutura precária nas estações e até a cobrança pelo uso dos sanitários nesses locais.
Ao final, foram aprovados vários requerimentos com ações para reforçar a luta pela melhoria do transporte público, além da mobilização permanente da ALMG para acompanhar a questão. Um deles prevê que os deputados visitem as estações do Move já prontas ou em construção.
O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares, reconheceu os problemas apontados no Move Metropolitano, segundo ele resultado da precipitação em colocar o sistema em funcionamento no ano passado. "Houve uma decisão divina de que ele tinha que funcionar de qualquer jeito, e agora temos que resolver esse problema. O provisório às vezes traz transtornos", ironizou.
Murilo Valadares enumerou uma série de ações tomadas em caráter emergencial para equacionar os problemas. “Sabemos que o Move é para diminuir o tempo de viagem, e se não fizer isso, está errado. Em Justinópolis e Santa Luzia, é mais complicado. As obras estão paradas e ainda não temos orçamento”, apontou.
O secretário também reconheceu a importância de ouvir a população antes de tomar uma decisão. "Vamos reestudar todo o sistema de transporte metropolitano ainda este ano, inclusive no que diz respeito à tarifa. A questão técnica é sempre importante, mas queremos a participação ativa do usuário", destacou.