O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude (Seej), lançou nesta quarta-feira (5) o projeto “Pode Crê!”, que desenvolverá ações voltadas para a educação sexual de 330 jovens moradores de áreas carentes de Belo Horizonte. As aulas serão dadas por jovens integrantes de uma ONG formada por soropositivos, que irão relatar as próprias experiências e orientar os jovens sobre a prevenção da Aids.
Realizado em parceria com o Grupo Vhiver e a Central Única das Favelas (CUFA), o projeto recebeu o apoio do representante estadual da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo Aids/HIV, Samir Amin.
“Esse é o primeiro projeto no Brasil feito por jovens HIV positivos que poderão falar para outros jovens em situação de vulnerabilidade social sobre o que sentem, contar experiências e apresentar a importância da prevenção e do respeito aos portadores da doença”, explicou o representante. “Este projeto visa prioritariamente a prevenção, por isso está voltado para um segmento diretamente afetado”, completou o coordenador da Juventude, Roberto Tross.
O projeto vai capacitar jovens com idade entre 15 e 24 anos, de vilas e favelas da Grande BH, em oficinas continuadas sobre diversidade sexual, relação de gênero, prevenção às DST/Aids, viver com HIV/Aids, anticoncepção, prevenção ao uso de drogas e entorpecentes, dentre outros. A proposta é realizar oito encontros em cada comunidade, com duração de três horas e meia cada, para formar jovens multiplicadores, que desenvolverão ações locais de educação, saúde e cidadania.
Inicialmente, o Pode Crê! trabalhará com 330 jovens dos bairros Morro do Papagaio, Aglomerado da Serra, vilas Sumaré e Tiradentes, Conjunto Santa Maria, Vale do Jatobá, Cabana do Pai Tomaz, Urca, Morro das Pedras, Primeiro de Maio, todos da capital, e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Santa Luzia, no bairro Palmital, e em Ribeirão das Neves.
Emerson Guilherme Rodrigues Dias, 25 anos, morador do Vale do Jatobá, será um dos jovens capacitados e está satisfeito com o lançamento do projeto. “Acho que vai ser muito importante porque somente os agentes de saúde não conseguem atender todos os jovens da comunidade. Esse é um assunto que deve ser rigorosamente lembrado o tempo inteiro”, afirmou Emerson que é integrante da CUFA, ONG de políticas sociais para jovens, parceira do projeto.
Para participar os jovens devem ter entre 15 e 24 anos e morar nas comunidades beneficiadas. As oficinas são gratuitas. Informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3349-2848 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Agência Minas