Um reportagem da TV Alterosa exibida na semana passada mostrou a situação do atendimento à população na UPA Justinópolis, inaugurada há dois anos, em Outubro de 2010. Até mesmo as vítimas de casos de urgência sofrem com a longa espera por socorro. E, se os casos mais graves necessitam de paciência por parte da população, os enfermos de menor gravidade passam longas horas à espera de uma resposta.
A fita verde, que indica pouca gravidade no protocolo de Manchester, é quase uma sentença de que o atendimento vai demorar. "Estou com esse pulseira verde e não sei que horas vou ser atendido não". "A gente entra ali dentro pra eles colocarem essa faixinha aqui e só". "Eu vim fazer o que aqui hoje? Estou com problema! Se eu não estivesse com problema estaria trabalhando, não estaria aqui não". "Se for pra ficar sentada aqui cinco horas esperando atendimento é preferível tomar chá em casa". Esses são alguns dos relatos dos paciente em busca de um médico.
A explicação da gerência para tanta demora é a superlotação. Segundo os responsáveis pela unidade de saúde, em dois anos de funcionamento, a demanda cresceu muito e mesmo com o quadro de funcionários completo, o paciente que não é classificado como risco, vai ter que conviver com a espera.
O gerente administrativo da unidade, Wanderson de Oliveira aceitou gravar entrevista e até mostrar as instalações. Realmente foram registrados a sala de urgência, enfermarias e atendimento lotados. As macas estavam todas ocupadas.
A superintendente de urgência e emergência da prefeitura de Ribeirão das Neves, Diana Bontempo, disse que como alternativa uma outra UPA no Bairro Veneza deve ser implantada em fevereiro de 2014.