Ao longo do ano de 2025, a Biblioteca Semifusa consolidou-se como um espaço estratégico para o debate sobre igualdade e justiça social em Ribeirão das Neves. Sob a coordenação da professora e escritora Andréia Antônia, o projeto "Estudos Antirracistas" promoveu uma série de encontros que uniram literatura, arte e diálogo intergeracional para enfrentar um dos maiores desafios da sociedade brasileira: o reconhecimento e o combate ao racismo estrutural.
A iniciativa focou na construção coletiva do conhecimento através de metodologias dinâmicas, com atividades realizadas individualmente e em grupos. O público, composto majoritariamente por estudantes da rede regular de ensino — abrangendo desde crianças e adolescentes até adultos —, encontrou nos encontros um ambiente seguro para a reflexão crítica.
Literatura como base e o nascimento de um Mangá:
Um dos grandes destaques do ciclo de 2025 foi a introdução de obras fundamentais para a formação de uma consciência antirracista. Foram introduzidas leituras coletivas de obras de autores como Laurentino Gomes (Escravidão), Frantz Fanon (Pele Negra, Máscaras Brancas) e bell hooks (Tudo Sobre o Amor). As discussões e análises dessas leituras estão em andamento e serão concluídas no próximo ano.
Como resultado prático do projeto de estudos antirracistas, surge um fruto literário inédito - um mangá em fase de criação. A obra está sendo desenvolvida por um dos participantes do projeto, a partir da sugestão e sob a orientação da professora Andreia Antônia. Em linguagem visual e narrativa, o mangá traduz parte dos debates desenvolvidos ao longo dos encontros, constituindo-se como uma ferramenta de comunicação potente para sensibilizar outros jovens e educadores sobre o racismo estrutural e estimular atitudes que visam ao seu enfrentamento, promovendo uma postura antirracista em sociedade.
Compromisso renovado para 2026 - o encerramento das atividades de 2025 não marcou um fim, mas sim um novo ponto de partida. Diante da relevância da pauta e do engajamento dos alunos, já foram firmados compromissos para a continuidade da iniciativa em 2026.
Para a professora Andréia Antônia e os organizadores da Biblioteca Semifusa, a manutenção do projeto é essencial para fortalecer práticas educativas que promovam a equidade e a formação de cidadãos mais críticos e preparados para atuar na desconstrução de preconceitos no cotidiano da cidade.

