A Polícia Federal (PF) confirmou nesta sexta-feira (13) que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o ex-advogado do empresário Marcos Valério, Rogério Tolentino, a cumprir pena em Ribeirão das Neves e que, portanto, ele não será transferido para Brasília.
Condenado pelo STF a seis anos e dois meses de prisão na Ação Penal 470, o chamado mensalão, Tolentino se entregou na Superintendência da PF, em Belo Horizonte, na noite de quinta-feira (12). Sua prisão havia sido decretada poucas horas antes dele se apresentar.
Tolentino é o 16º condenado preso por envolvimento no esquema de desvio de recursos públicos usados para a compra de apoio parlamentar a projetos de interesse do governo federal. Segundo a assessoria da PF, Tolentino passou a noite na superintendência. Nesta sexta (13), após ser submetido a exames no Instituto Médico Legal (IML), o advogado foi transferido para a Penitenciária José Maria Alkimin.
Ao se apresentar acompanhando por seu advogado, Paulo Sérgio Abreu e Silva, Tolentino afirmou aos jornalistas que tinha solicitado autorização para cumprir sua pena, em regime semiaberto, em Minas Gerais, antes mesmo da Justiça expedir seu mandado de prisão. A autorização do pedido torna desnecessário que ele seja levado para Brasília, como aconteceu com outros réus do mensalão federal.
Neves pode receber outro "mensaleiro"
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nessa semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer a favor do pedido de transferência para Belo Horizonte do ex-deputado federal Romeu Queiroz, condenado a seis anos e seis meses de prisão no mensalão. A análise do parecer será feita pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa.
Queiroz foi transferido para Brasília no dia 16 de novembro e está preso no Presídio da Papuda, no Distrito Federal. Os advogados também pediram autorização para que Queiroz possa sair para trabalhar durante o dia na RQ Participações S.A., onde exerce a função de diretor-presidente.