Euler Oliveira Pereira Rocha foi assassinado enquanto fazia escolta sozinho no Hospital Luxemburgo, em BH; suspeito fugiu usando farda. Serviço deveria ser feito por dois agentes, segundo Sejusp.
O policial penal que deveria fazer dupla com Euler Oliveira Pereira Rocha, agente assassinado por um detento durante uma escolta no Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, se apresentou à Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) nesta terça-feira (5).
O servidor, de 44 anos, é efetivo desde 2014. O nome dele não foi informado. Ele prestou depoimento para a investigação que apura as circunstâncias do crime e a possível negligência no cumprimento do procedimento. Segundo a Sejusp, a escolta hospitalar deve ser feita por dois agentes, conforme o protocolo interno.
O homem permanece com os direitos funcionais, como salário e vínculo com o cargo, já que o caso ainda está sendo apurado. Em nota, a secretaria reforçou que é responsável apenas pelas investigações administrativas, e que, no âmbito criminal, as investigações são de responsabilidade da Polícia Civil.
De acordo com a Sejusp, fiscalizações feitas no sábado (2) confirmaram a presença de dois policiais às 8h50 e às 20h30. Porém, segundo a secretaria, após a última verificação, um dos agentes teria deixado o posto sem aviso prévio.
A Corregedoria da Sejusp informou que apura o caso e que todas as providências administrativas estão sendo adotadas. A secretaria também lamentou a morte do servidor e afirmou se solidarizar com familiares e colegas da vítima.
O presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (Sindppen-MG), Jean Ottoni, criticou as condições das escoltas hospitalares e apontou a precariedade das condições de trabalho enfrentadas pelos agentes durante esse tipo de missão.
"O sindicato vem acompanhando essas escoltas hospitalares, porque em muitas das vezes falta um local adequado para o policial trocar de roupa, tomar um banho. Já denunciamos isso. Nós não temos o quarto de hora, como a Polícia Militar e o Exército têm", contou.
Com informações do G1