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Detran recebe denúncias sobre Máfia das Carteiras

Examinadores estão na mira do MPAs denúncias de venda de carteiras de motorista na região metropolitana de Belo Horizonte, publicadas pelo jornal O TEMPO, apontam que o esquema teria tentáculos em várias cidades do Estado. Um dia após o setor de inteligência da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual (MPE) terem anunciado a criação de uma força-tarefa para desarticular a quadrilha, leitores do periódico denunciaram a existência de pagamento de propina em troca da carteira em várias localidades do Estado, inclusive Ribeirão das Neves.

Apesar da repercussão negativa das denúncias, o Detran preferiu ontem ficar em silêncio e se limitou a dizer que só irá se manifestar ao fim das investigações. Na avaliação de especialistas, os casos de corrupção envolvendo instrutores de autoescolas, examinadores e alunos estão diretamente ligados à falta de uma fiscalização rigorosa. "Em qualquer setor ligado ao poder, com a existência de brechas que facilitem a corrupção, ela vai acontecer. O problema não é institucional, mas envolve uma rede de pessoas inescrupulosas que fazem parte da instituição", explica o sociólogo Cláudio Beato, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Detran já conhecia esquema

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MG) já havia sido informado do esquema da venda de carteiras de habilitação. No início do mês, representantes do Sindicato dos Proprietários de Centro de Formação de Condutores de Minas Gerais procuraram os chefes do órgão com pedidos de providência de combate ao esquema fraudulento.

Segundo o presidente da entidade, Rodrigo Fabiano da Silva, a medida foi tomada após o recebimento de uma avalanche de acusações, vindas de toda a Grande Belo Horizonte e de muitos municípios do interior do Estado, contra atuações de proprietários e funcionários de autoescolas em conluio com examinadores para a comercialização ilegal das carteiras de motoristas.

Conforme o sindicalista, as fraudes em Minas se agravaram após a abertura desenfreada dos Centros de Formação de Condutores (CFC) no Estado, a partir de fevereiro de 2008, com a publicação do decreto que trata do credenciamento das autoescolas. "Cheguei a ser ameaçado de morte caso continuasse com as denúncias", relatou.

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