A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL) propôs, nessa terça-feira (27), em pronunciamento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades na nova gestão do sistema socioeducativo do Estado.
As acusações foram apresentadas nesta terça-feira (27) em audiência da Comissão de Segurança Pública. Segundo ela, agentes socioeducativos que participaram da reunião denunciaram irregularidades no sistema de gestão implantado pelo Estado.
Um dos relatos encaminhados à comissão foi de possível tortura praticada em um dos centros de socialização de jovens, que está sob a responsabilidade da iniciativa privada, em Belo Horizonte. Também reclamaram de remoções forçadas de servidores, uso inadequado de recursos públicos e abuso de autoridade. "Esse modelo não está funcionando", afirmou Andréia de Jesus.
Os relatos de suposta tortura, motins e tentativas de homicídio em unidades onde a cogestão foi implantada foram feitos durante a audiência. Em alguns casos, foi preciso envolver a Polícia Militar para solucionar os conflitos.
Ela ainda falou das CPIs da Pandemia, instalada no Senado, e dos Fura-Filas da Vacinação, em andamento na ALMG. Em sua opinião, as duas comissões mostram desmandos e negligências dos governos federal e estadual na condução do combate à Covid-19. Em Minas, acrescentou que o Executivo está interrompendo serviços assistenciais que são oferecidos à população mais vulnerável. "Não falta só oxigênio, mas uma série de políticas do Governo do Estado", declarou.