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Mais um detento morre em Neves; suspeita é de que óbito tenha relação com uso de drogas K

Mais uma morte de detento do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, foi registrada, na noite desta sexta-feira (19). Há suspeita de que o óbito tenha relação com o uso de drogas K, como outros ocorridos nos últimos meses.
Elias Martins, de 40 anos, estava internado desde o dia 15 de abril, no Hospital Municipal São Judas Tadeu.
De acordo com o G1, que teve acesso a um relatório médico que diz que o paciente foi admitido no pronto-socorro com histórico de "ingestão de entorpecentes (droga popularmente conhecida como K9)".

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirmou que a direção do presídio vai abrir um procedimento interno para apurar as circunstâncias que levaram à internação do custodiado. Segundo a pasta, por enquanto, não é possível precisar a causa da morte.
Elias estava no Presídio Antônio Dutra Ladeira desde 27 de janeiro de 2024. Segundo a Sejusp, "todos os procedimentos foram realizados para assegurar pronto atendimento ao detento".

O corpo dele foi encaminhado ao Instituto Médico-legal para a realização de exames.

Mortes investigadas
Neste mês, sete pessoas que cumpriam pena no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, também em Ribeirão das Neves, morreram em dez dias.

Outros seis detentos do Presídio Antônio Dutra Ladeira morreram entre dezembro de 2023 e março de 2024. Há suspeita de que os óbitos tenham sido causados por overdose de drogas K – segundo a Sejusp, "em nenhuma das ocorrências os presos apresentavam lesões aparentes".

Nesta semana, dois diretores do Presídio Inspetor José Martinho Drumond foram exonerados, mas, de acordo com a pasta, a medida "não está relacionada a qualquer fato ocorrido" na unidade.

Drogas nos presídios
Desde janeiro de 2023, a Polícia Penal de Minas Gerais apreendeu aproximadamente 19 mil micropontos de drogas K com pessoas que tentavam entrar em unidades prisionais do estado.

Em nota, a Sejusp afirmou que trabalha com capacitações de policiais penais e que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais tem cães treinados para identificar drogas sintéticas do grupo K.

Disse também que as unidades prisionais estão dotadas de equipamentos de segurança que contribuem para o monitoramento e que iniciou uma campanha interna "sobre os malefícios do consumo de álcool e drogas".

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