Representantes da Copasa participaram, nesta terça-feira (6), da reunião ordinária da Câmara Municipal para esclarecer a situação de falta de abastecimento de água constante em Ribeirão das Neves, especialmente no distrito do Veneza.
De acordo com José Cláudio Ramos, gerente regional da Companhia, vários fatores fizeram a situação chegar nesse ponto e que a empresa não está fechando os olhos para os problemas. "Eu não saio da rua. Eu vejo o problema e isso nos move a buscar uma solução mais rápida. A falta d'água é a perda da dignidade", disse.
José Cláudio esclareceu que, atualmente, o sistema da Copasa é todo interligado na Região Metropolitana, e que a queda da barregem da Vale no rio Paraopeba, em Brumadinho, em janeiro de 2019, reduziu a capacidade de captação da empresa. "O sistema é integrado. Um problema em Contagem e afeta aqui. Um problema aqui afeta Belo Horizonte. E vice-versa. Hoje, os reservatórios hoje estão em 82% de sua capacidade", disse.
Em Ribeirão das Neves, segundo o gerente, o problema de abastecimento nas partes mais altas não é novo, mas nunca foi tão grave. "Com a pandemia, temos uma quantidade muito grande de pessoas em casa. Fatalmente, essas pessoas consomem mais água. Na região do Veneza, o problema é perda de água, e não estamos falando de vazamento. Essa perca é devido aos gatos (ligações clandestinas)", concluiu.
A partir da situação, o representante da Copasa afirmou que a empresa está aplicando três ações imediatas para contornar o problema. "Ontem (segunda-feira), nós substituimos uma válvula, por outra maior, com resultados para daqui uma semana. Outra ação é uma intervenção no reservatório, vamos criar outro ponto de vazão da água. para dar velocidade à reposição. E, por fim, numa solução mais perene, vamos começar a construir 1.500 metros de adutora, com recursos próprios, nos próximos 15 a 20 dias, para resolver o problema dentro de 120 dias", finalizou.