O Corpo de Bombeiros informou na manhã deste domingo (15) que um corpo, ainda sem identificação, foi encontrado no distrito de Águas Claras, em Mariana, em Minas Gerais. Segundo a corporação, os restos mortais foram encaminhados para o necrotério da cidade.
Além deste corpo, outros três localizados após o rompimento das barragens no último dia 5 aguardam reconhecimento. Por isso, segundo as autoridades, ainda não é possível relacioná-los como vítimas da tragédia. Até o momento, foram confirmadas sete mortes em decorrência do mar de lama que devastou distritos de Mariana e tomou o Rio Doce.
As famílias dos desaparecidos seguem em busca de informações sobre os trabalhos de resgate. Uma delas é a de Samuel Vieira Albino, de 34 anos, operador de máquina de sondagem em uma empresa que presta serviços para Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP.
Júlio Albino, de 64, diz que a esperança se renova um pouco quando um corpo é encontrado, mas ele considera que as chances são cada vez menores. "Não achou nem máquina, achar o corpo é difícil", disse ao portal G1. Ele afirma que já pensa em fazer um enterro simbólico para o filho, mas ainda quer esperar para tomar essa decisão.
Samuel, que já trabalhou em Angola e no Haiti, estava em Mariana há cerca de um ano. A família é de Ribeirão das Neves e, a cada fim de semana, o operador de máquina de sondagem voltava para casa. "Se acontecesse sexta-feira, não pegava ele, porque sexta-feira ele ia embora às 15h [antes do horário da tragédia]", ponderou o pai.