Anderson Barbosa de Siqueira foi filmado atirando contra Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, após o carro da vítima atropelar um cachorro
A Justiça suspendeu o andamento do processo contra o ex-policial penal Anderson Barbosa de Siqueira, acusado de matar a tiros o estudante Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, de 26 anos, após o carro em que ele estava atropelar um cachorro em Ribeirão das Neves, no dia 6 de agosto. A decisão foi tomada após a defesa do réu alegar insanidade mental.
No documento, a juíza Fernanda Chaves Carreira Machado instaura o incidente de insanidade mental, já que há “dúvidas a respeito da sanidade mental do réu”. O incidente é uma meio processual em que se verifica se o acusado pode ou não responder pelos crimes em que cometeu por conta da possível insanidade.
O processo segue suspenso até que Anderson passe por exames periciais, que devem ser feitos pelo Instituto Médico-Legal nas próximas semanas. Os laudos devem responder se o ex-policial penal era “incapaz de entender o caráter criminoso” do que cometeu por possível doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado, perturbação de saúde mental ou outro motivo.
A decisão foi assinada nesta segunda (20) pela, da 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri da Comarca de Ribeirão das Neves. Anderson Barbosa de Siqueira está detido no Presídio de Jaboticatubas, na Grande BH, desde quando se entregou à polícia, no dia 22 de agosto. No início de outubro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) recusou um pedido de soltura feito pelo réu.
Em nota a Rádio Itatiaia, o advogado André Luiz da Silva Lima, que defende Anderson no processo, afirmou que não vai se manifestar no momento: "a defesa aguarda a evolução processual, com a respectiva manifestação nos autos do processo judicial em tela".
Relembre o caso
O estudante de turismo Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, 26 anos, foi morto com vários tiros à queima roupa na noite do dia 6 de agosto, no bairro São Pedro, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo familiares, ele passou o dia em uma cavalgada com a família e voltava para casa junto com um primo, uma tia e um amigo.
Segundo versão de uma das testemunhas, em determinado momento, quando eles já se aproximavam da casa da tia, um cachorro passou na frente do veículo e acabou sendo atropelado. A testemunha disse que o animal saiu correndo mancando, mas não morreu. Pouco depois, eles pararam para verificar o estado do carro e, neste momento, o motociclista se aproximou, perguntou quem atropelou o cachorro e, logo depois, fez os disparos.
O suspeito se apresentou à polícia no dia 22 de agosto, após várias semanas foragido. O ex-policial penal foi até uma delegacia de Betim na companhia do seu advogado. Ele já responde a 27 processos na Justiça.
Fonte: Rádio Itatiaia