Uma investigação relâmpago da Divisão de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil conseguiu apreender quase meia tonelada de maconha e prender os quatro integrantes de uma quadrilha que fornecia maconha para Belo Horizonte e região metropolitana. A operação que culminou na prisão dos suspeitos em uma festa de família em Ribeirão das Neves foi denominada "Operação Sagaz".
Segundo o chefe do Deoesp, Wanderson Gomes, a polícia estavam investigando uma suspeita de roubo de cargas quando acabaram identificando que na verdade a quadrilha atuava era no tráfico. Durante a investigação, os policiais receberam a informação de Roberth Afonso Morais, de 28 anos, o Betinho, havia partido para Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, em um caminhão e que voltaria com drogas. O suspeito retornou para a cidade na madrugada do último dia 10, quando encontrou com seus dois comparsas, Cléber Antonio de Moura, o Bill, de 32, e Fábio da Costa Silva, o Gordo, de 26.
Com os companheiros em dois carros, como batedores, a quadrilha levou a meia tonelada de maconha para um sítio em Esmeraldas. Da chegada à capital até o dia das prisões, na última segunda-feira (14), os traficantes chegaram a revender parte da droga. Eram distribuidores, não vendiam no varejo", explicou o delegado responsável pela investigação Tiago Machado. Betinho era o cabeça do bando.
Nessa segunda-feira (14), os policiais se aproveitaram de uma festa em família, realizada em um sítio alugado em Ribeirão das Neves, para conseguir prender os três suspeitos juntos. "Com a prisão eles revelaram onde ficava o sitio em Esmeraldas, onde estavam guardados os 472 kg de maconha que ainda sobravam. Com eles, nós encontramos R$ 40 mil, provavelmente vindo da droga que eles já haviam vendido", disse. Os suspeitos já tinham passagem pela polícia.
Além das drogas e dos R$ 40 mil, a polícia ainda apreendeu um Fiat Uno, uma pick-up Strada e um Volkswagen Polo dos suspeitos. Cerca de 100 chips de celular também foram apreendidos. "É mais fácil comprar um chip do que um sorvete no Brasil, não tem nenhuma fiscalização sobre quem compra e é muito usado por bandidos", disse o delegado.
Além disso, no sítio os policiais identificaram Antônio Pereira Nunes, de 60 anos, que trabalhava como caseiro do local. O senhor também acabou preso, uma vez que recebeu R$ 10 mil e uma pistola 9 mm de fabricação israelense como pagamento pelo serviço. "Existem indícios de que esta não é a primeira vez que faz esse serviço para estes traficantes", explicou o delegado.
Além disso, o caseiro já tinha passagem pela polícia, após ter assassinado a sua mulher há 4 anos atrás. Em entrevista, o caseiro confessou ter matado a mulher, mas não quis dar detalhes sobre o porquê de ter cometido o crime.