A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou, na manhã desta sexta-feira (24), três dos nove envolvidos na chamada chacina de Ribeirão das Neves. Dois adolescentes, que também tiveram participação no crime estão sob custódia da Justiça.
O mandante dos assassinatos, Felipe Orlando da Silva, 25, conhecido como "Manete", e os comparsas Elias da Silva, 26, e Everson Fabrício Fernandes de Morais, 24, negaram que tenham culpa nas mortes de cinco pessoas e deixado uma jovem paraplégica, durante um churrasco no dia 27 de outubro do ano passado, no bairro Sevilha A. A festa comemorava a volta para casa de Claubert Pereira da Silva, de 28 anos, recém libertado da prisão, onde passou dois anos e dez meses cumprindo pena por tráfico de droga.
De acordo com as investigações, há três anos, Claubert e Felipe eram parceiros no comando do tráfico de drogas nos bairros Sevilha e Santinho, e acabaram presos. Felipe saiu primeiro da cadeia e voltou a ser o chefe no local e Claubert continuava a organizar o grupo da prisão. Quando ele ficou livre e quis reassumir sua posição, Felipe não queria deixar o poder para o amigo.
Os outros quatro homens ainda procurados pela polícia, incluindo Ramon Fernandes da Silva, 27, então braço direito de Felipe, também resolveram por trair Claubert e durante a comemoração dele com a família, entraram na casa e atiraram. Um dos irmãos e um amigo de Clauber, que também morreram, tinha envolvimento com o tráfico de drogas. A mãe de Claubert, Clóvis e Wellington tem passagens pela polícia por tráfico.
Segundo a responsável pelo caso, Indiara Froes, da Delegacia de Polícia Civil de Homicídios de Ribeirão das Neves, as denúncias contribuíram para que a polícia chegasse até os suspeitos, já que as pessoas que se salvaram dos tiros no churrasco foram coagidas e não testemunharam a favor da investigação.