O que fazer para conseguir um bom emprego? Vestir-se bem? Falar bem? Ter bons contatos? Enviar currículos para todas as empresas possíveis? Para você que está em busca de uma nova oportunidade no mercado, mas não sabe por onde começar, a Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete) reuniu, em um pequeno guia, algumas informações que podem ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga.
Qualificação
A concorrência está bem acirrada, o número de candidatos por vaga é alto e as empresas estão procurando, cada vez mais, profissionais qualificados. O primeiro passo para aumentar suas chances de conseguir um bom emprego é buscar a qualificação profissional.
A Sete oferece cursos gratuitos de qualificação profissional nas mais diversas áreas, para trabalhadores com formação básica, fundamental, e também para aqueles que já concluíram o ensino médio. Há oportunidades nas áreas da construção civil, setor alimentício, vestuário e prestação de serviços, entre várias outras. Para se inscrever, basta procurar uma das 133 unidades de atendimento ao trabalhador do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em todo o Estado e verificar os cursos disponíveis.
Currículo
Agora que já tem o foco em uma área de atuação, é imprescindível produzir um bom currículo, que é onde constam todos os dados profissionais. Para o diretor de Articulação Empresarial da Sete, Vanderlei Souza, a primeira dica é: um bom currículo contém informações objetivas e sucintas. Nada de resolver contar a vida completa no principal instrumento de apresentação da sua experiência e potencial. Ele apresenta um modelo básico.
“No cabeçalho deve constar apenas o seu nome completo, nacionalidade, idade, estado civil, endereço, telefone e e-mail. Cada item em uma linha. Logo em seguida, vem o perfil profissional. Nessa área, o trabalhador deve escrever um pequeno texto (cerca de cinco linhas) constando a formação, área em que tem experiência e principais atividades já desenvolvidas, além de dizer qual a ocupação ou área almejada. Passamos então para os tópicos: O primeiro é ‘Formação’, onde deve constar o grau de instrução, onde estudou, cursos que tenha feito e participações em palestras e seminários. Finalmente, o ‘Histórico profissional’, em que constam as empresas em que trabalhou, o período, o cargo e as atividades exercidas”, explica.
Pronto. Com o currículo finalizado, é hora de dar uma boa revisada se não há palavras erradas ou digitadas incorretamente. Se ainda ficar com dúvidas, peça para que outra pessoa leia também. É importante destacar que o bom currículo não é necessariamente um currículo cheio, mas um documento com boa apresentação e objetivos definidos, a fim de estimular a curiosidade do empregador sobre as potencialidades do candidato a ponto de convocá-lo para uma entrevista.
Cadastro
Não basta ter um currículo em mãos. É preciso ser visto pelo futuro empregador. Para isso, é fundamental cadastrar-se nos bancos de emprego. Muitos deles estão disponíveis na internet, outros em empresas de recursos humanos.
O Sine-MG presta o serviço gratuito de intermediação de mão-de-obra, por meio do sistema Mais Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O trabalhador cadastra seus dados, que são cruzados com os requisitos estabelecidos pelas empresas que disponibilizaram as vagas no sistema. Se o perfil do candidato for compatível com alguma delas, ele é imediatamente encaminhado para entrevista com o empregador. Em todo o Estado, há 133 unidades de atendimento ao trabalhador do Sine coordenadas pela Sete e algumas outras unidades de responsabilidade das prefeituras. O cadastro também pode ser feito na internet, acessando o endereço maisemprego.mte.gov.br.
Além de cadastrar-se, é importante ficar sempre atento às formas de contato dos recrutadores. Cadastrar números de telefones em que realmente poderá ser encontrado e endereços de emails que são acessados diariamente são primordiais para não perder uma possível convocação.
Não descartar possibilidades
Conseguir um emprego exatamente como o sonhado nem sempre é fácil ou rápido. Por isso, Vanderlei Souza destaca que o melhor a fazer é aproveitar as oportunidades disponíveis. Se a vaga ofertada não é aquela pretendida, mas o salário é compatível com o anterior e as atividades são possíveis de serem executadas por você, é preciso refletir se é melhor ficar desempregado ou estar no mercado de trabalho.
“Se for convocado para uma entrevista, é importante demonstrar interesse e confirmar data e horário. Tentar não custa nada e o trabalhador poderá se surpreender com a atratividade da vaga e o ambiente da empresa. Além disso, uma vez no mercado de trabalho, naturalmente as portas se abrem e é muito mais fácil galgar degraus e conseguir melhores posições”, garante.
Apresentação na entrevista
Mesmo um profissional qualificado, com certa experiência e um ótimo currículo, pode acabar não conseguindo a vaga pretendida, por algumas pequenas falhas cometidas no momento da entrevista. A diretora de Orientação para o Trabalho e Articulação de Oportunidades para o Trabalhador da Sete, Soraia Azevedo, lembra que a primeira coisa com que ele deve preocupar-se é com a aparência, pois esse é o seu cartão de visitas.
“Cabelos penteados, roupas limpas e discretas e boa postura fazem uma grande diferença”, pontua. Ela explica que as mulheres devem optar por cores claras, pouca maquiagem e acessórios. “Nada de decotes ou roupas justas e curtas. Além de não passarem credibilidade, a intenção é que o entrevistador tenha seu foco voltado para a sobriedade e competência da entrevistada. O mesmo vale para os homens, que devem ir barbeados e jamais utilizar camiseta regata (ou outra do tipo cavada), bermuda ou boné, pois passam a impressão de desleixo e não de sobriedade e compromisso”, pondera a diretora, que é responsável pelo curso gratuito de Competências Básicas do Trabalho, ministrado pela Sete em todo o Estado.
Soraia também atenta para a pontualidade e segurança nas atitudes. “O candidato deve chegar ao local da entrevista com pelo menos 30 minutos de antecedência, para ter tempo de ir ao banheiro, beber água e controlar a ansiedade, além de poder observar com calma o ambiente e as pessoas da empresa. Além disso, durante a entrevista, precisa ficar atento para não utilizar gírias, evitar o excesso de gestos e manter a postura na cadeira. O ideal é que responda apenas o necessário, em tom de voz e ritmo moderados, mas deixe claro o seu interesse em ocupar a vaga”, conclui.
Agência Minas