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Saúde realiza seminário para ampliar cobertura da vacinação contra o H1N1

Há exatamente um ano, o México registrava os primeiros casos de uma nova doença que trouxe muitas dúvidas e impôs um desafio às autoridades de saúde de todo o mundo: a Influenza A pandêmica H1N1. Passados 12 meses muitos países, entre eles o Brasil, podem contar com uma vacina eficaz, importante ferramenta para evitar o adoecimento e, principalmente, as mortes em decorrência da doença. Em Minas Gerais, a população a ser vacinada é de pouco mais de nove milhões de pessoas.

Com o objetivo de ampliar a cobertura da vacinação contra a Influenza A (H1N1) em Minas Gerais, foi realizado, nesta terça-feira (20), o seminário Influenza A (H1N1): Riscos de uma nova onda, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. No encontro, professores da universidade e técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte fizeram uma avaliação epidemiológica do ano de 2009 e avaliaram cenários para este ano, além de esclarecimentos sobre a vacina e sua eficácia.

De acordo com a coordenadora estadual de Imunização da SES, Tânia Brant, o envolvimento da sociedade civil é de fundamental importância para que a população-alvo esteja protegida. “Temos que mobilizar a sociedade para atingir a população e garantir um futuro saudável para todos. Nossas coberturas entre as crianças menores de dois anos e profissionais de saúde estão acima das expectativas. No entanto, é necessário maior comparecimento de pacientes crônicos, gestantes e adultos jovens, de 20 a 29 anos”, ponderou à Agência Minas.

Cerca de 50% das grávidas estão vacinadas, 47% dos doentes crônicos e 48% dos adultos entre 20 a 29 anos também já foram imunizados. Os números ainda estão abaixo da meta de 80% de cobertura. “É um trabalho imenso, e isto implica em muito esforço e comprometimento de todos os setores da saúde pública, do poder público, mas também de cada um”, avaliou a técnica.

Eficácia

Tânia Brant lembra que a vacina é segura, esclarecendo que ela é conhecida e usada no Brasil desde 1999. “Nós fazemos essa vacina no Brasil e a composição é muito semelhante à da gripe normal e já foi aplicada em mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Não é uma vacina nova, ela é usada todos os anos, o que muda agora é o vírus, nesse caso é o H1N1”, ressalta.

O professor do departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, Unaí Tupinanbás, reforçou a segurança da vacina aplicada. O médico apontou que é importante as pessoas se tornarem multiplicadoras das informações corretas. “Um grande obstáculo é, de fato, o receio das pessoas. Mas devemos esclarecer que todos os trabalhos e pesquisas feitos até o momento mostram que a vacina é segura. O risco de efeitos colaterais é pequeno e quando eles ocorrem, são muito brandos”, afirma.

O Ministério da Saúde reforça a eficiência e a importância da vacina e esclarece, em sua página na internet, as principais dúvidas sobre a vacina, além de ressaltar que as substâncias contidas nas vacinas não causam danos ao ser humano. O Ministério da Saúde, por meio da Agência Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Vigilância Sanitária classificaram como irresponsável os boatos que afirmam que a origem do vírus da gripe pandêmica seria uma criação em laboratórios para gerar lucros maiores para as indústrias farmacêuticas, através de remédios e vacinas e inclusive com intuito de genocídio. “Não tem fundo científico o que estão dizendo,” ressalta a coordenadora Tânia Brant.

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