Em parceria com os gestores municipais de DST/Aids de 21 municípios mineiros, a Coordenação de Ações de Saúde para a Pessoa em Privação de Liberdade da Secretaria de Estado de Saúde (SES) discutiu, nesta quinta-feira (22), em Belo Horizonte, estratégias de capacitação para as equipes de saúde prisionais do estado. O evento realizado no espaço Helium abordou a ampliação das ações de DST/Aids para a saúde prisional em Minas e realizou uma contextualização da atual situação no estado.

A principal proposta foi a montagem de capacitações para os profissionais de saúde prisional promovendo o acesso dos privados de liberdade às redes de atenção à saúde por meio da ampliação e fortalecimento da atenção primária. “Desejamos estabelecer uma parceria com os gestores municipais de DST/Aids e promover uma sensibilização para que todos assumam a responsabilidade com a saúde das pessoas privadas de liberdade”, afirmou a coordenadora de Saúde da Pessoa Privada de Liberdade da SES, Alexia Machado Baeta.

Assuntos como a divisão das unidades prisionais por CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), testagem para sorologia de HIV, sífilis e hepatites virais e o aconselhamento pré e pós teste foram alguns assuntos abordados durante a reunião. “A descentralização das ações pelos municípios e as experiências apresentadas serão importantes para a realização de um trabalho eficaz”, afirmou a coordenadora das Ações de DST/Aids de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Jaqueline Camilo Carneiro.

O acompanhamento da pessoa privada de liberdade portadora do vírus da Aids e as atividades de prevenção realizadas nas unidades prisionais também foram abordados. “A questão das doenças infecciosas na população carcerária é muito relevante, pois é um problema de saúde pública. As atividades irão promover uma abordagem e facilitar um diagnóstico precoce”, afirmou o coordenador do Programa Municipal de DST/Aids de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, Bruno César de Oliveira Pires.

Atualmente, Minas possui 26 equipes de saúde prisionais cadastradas no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). O principal objetivo das equipes é viabilizar o acesso às ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, promovendo a proteção da saúde, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças para as pessoas em privação de liberdade no estado.

Agência Minas