Hoje, quinta feira pós - carnaval sentei-me e peguei o notebook para postar alguma coisa que falasse sobre a maior festa profana do país. Mudei de ideia no último minuto ( menos mal, pois acho que sobre carnaval já se disse tudo ), farei algumas referencias sim, mas o assunto em evidencia será outro.
Nessa época do ano dedicada á folia, acontece um fenômeno que aumenta a cada carnaval que chega; o êxodo em massa na busca de outros horizontes, que tanto podem ser; praias, rios, lagoas, represas, cachoeiras ou simplesmente alguns dias hospedados ou acampados numa pousada, fazenda, sítios ou entre as montanhas, na companhia de pássaros, aranhas, grilos e mosquitos, mas tendo como compesação um nascer do sol deslumbrante, o verde reconfortante e pacificador da natureza, acompanhado de um silencio inebriante e de quebra ainda tem orquestra de passarinhos ao alvorecer e entardecer, e o doce marulhar das águas de algum riacho ou cachoeira, próximos. É bem verdade que alguns querem tão somente mudar de ambiente pro foliar, caso dos que procuram as cidades históricas ( Diamantina, Ouro Preto, S.J. Del Rey,etc.) e outras como Rio, Salvador e Recife. Com exceção destes, o fato é que dezenas de milhares de pessoas se deslocam em variadas direções, ás vezes centenas de quilômetros na busca de algo que quase sempre não conseguem se aperceber do que é. Abandonam o conforto e a comodidade do lar, trocados por alguns dias numa pousada, num hotel ou camping e os pretextos são diversos; descansar, desistressar, se reciclar, sem no entanto, conseguir se livrar do habituê rotineiro dos finais de semana do habitat de origem. Na verdade, o que a maioria não se dar conta, é que o chamado silencioso da natureza na nossa consciência, não é para nos livrarmos do estresse, descansar, muito embora isso possa acontecer simplesmente pela consequência do convívio.
O objetivo desse chamado inconsciente, é o restabelecimento do elo de ligação com O Divino ( A natureza é DEUS ), que todos trazemos ao nascer e que gradativamente vamos perdendo na vivencia cheia de sofrimentos, egoísmo, individualismo e sem naturalidade, que nos é imposta, noite e dia nos grandes centros.
Quando a maioria se aperceber deste detalhe, aí sim, certamente todo e qualquer pretexto será extremamente relevante para irmos de encontro á Divina Mãe Natureza e comungarmos com tudo que Ela, farta e gratuitamente nos oferece.
A propósito, esses dias de carnaval, exceto sábado, passamos, eu e minha esposa, no Sítio dos Amigos, propriedade do meu amigo Manoel Divino, nas proximidades de Trés Marias. Aliás, não foi a primeira vez, pois já tive o prazer e a honra de ter sido convidado outras vezes, por esse amigo de mais de quinze anos. Pessoa de grande simpatia, Manoel é desses seres iluminados, sempre com um sorriso nos lábios e uma expressão que transmite calma e serenidade. Maria, sua esposa, tem o dom de nos deixar á vontade. A companhia lá, não poderia ter sido melhor, todos conhecidos. Além do filho Junio, acompanhado da esposa e do filhinho, os outros convidados eram; Newton (Grande) e a esposa, Denilsom (Carec )e a namorada, Pequeno e o filho Guilherme, Janair e mais três amigos. Todos amantes da natureza e frequentadores habituais do lugar, exceto Denilsom e a namorada, que estavam indo pela primeira vez. Foram três dias reconfortantes, muito verde, muito silencio, muitos pássaros, tempo para reflexão e comunhão, ouvindo os sons da natureza. Também muita prosa, muita risada e visita aos lagos de Três Marias.
Enfim, estou cuidando para que meu ELO se restabeleça o quanto antes.