Foi assim que um colega meu classificou o atendimento que recebeu de uma loja em Ribeirão das Neves semana passada.
E antes que eu abrisse minha boca para amenizar as coisas, eu já ouvia "Ah mas aqui em Neves é assim mesmo!" ou "Por isso eu não compro aqui"... Todo mundo tinha uma história de um atendimento traumático sofrido nas lojas, supermercados, padarias, drogaria e (pasmem!) até funerárias de Ribeirão das Neves.
Pois bem, curiosa como sou, fui fazer o "sacrifício" de "passear" pelas lojas da cidade sistematicamente durante a semana. E qual vocês acham ter sido o resultado?
Comecei pela região do Lagoinha. De maneira geral, o atendimento foi bom, salve um ou outro "cavalo disfarçado de gente", como dizia meu pai. As lojas de roupas, calçados, cosméticos, drogarias passaram bem pelo teste. Passaram pela educação, disposição, agilidade. Os momentos traumáticos no lagoinha ficaram por conta dos supermercados, postos de gasolina e salões de beleza. Falta de educação, desdém e, sobretudo, aquele português de querer perder a audição!
Na região central de Neves, classifico os meus atendimentos como regular. Parabéns aos salões de beleza e padarias. Para minha surpresa, os garçons, atendentes e alguns vendedores não pareceram lá muito concentrados no serviço deles não. A sensação que eu tive é que eles viam os clientes como um vizinho desagradável que volta pra te pedir açúcar. Saí de lá achando que em Ribeirão das Neves deve estar sobrando cliente, para as lojas poderem se dar ao luxo de nos tratar tão mal.
Região do Veneza. Fui a poucos estabelecimentos comerciais. Mas o atendimento foi bom. No Veneza, o comércio em sua maioria, é aquilo que chamamos de comércio amador. Mães que abrem boutiques próximas a suas casas, por exemplo. A experiência delas ajuda a amenizar a falta de capacitação.
Alias, esta é a conclusão a qual cheguei.
Capacitação para o comércio. É isso que Ribeirão das Neves precisa!
Os micros e pequenos empresários têm que parar com essa mania arcaica de contratar "filho de fulano", "Indicado da igreja" ou "porque família tá precisando". Porque quando se dá oportunidades àqueles que não se capacitam, ou você desmotiva a população a se preparar para o sucesso fazendo cursos faculdade, participando de palestras, seminários e lendo livros de vendas; ou faz os capacitados darem o seu melhor para outras cidades.
Em qualquer um dos casos a cidade só tem a perder com isso.
Moral da história: vamos capacitar para o comércio nossos funcionários e valorizar o candidato que se capacitou para oferecer a nossos clientes o melhor atendimento!