A realidade social em Ribeirão das Neves melhorou entre os anos de 2000 e 2010, de acordo com o índice criado este ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado nessa semana. Segundo o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), que se baseia nos censos feitos no país nesse período, todas as 16 regiões metropolitanas analisadas apresentaram diminuição na vulnerabilidade social.
No ano 2000, o IVS de Ribeirão das Neves era de 0,531, ficando dentro da faixa de alta vulnerabilidade social. Em 2010, o índice caiu para 0,358, migrando para a faixa de média vulnerabilidade. O resultado aproximou o município da média nacional, que em 2010 ficou em 0,326. O índice varia de 0 a 1, e quanto mais próximo do zero, melhor.
O IVS analisa situações de exclusão e de vulnerabilidade social no país e foi estruturado em três níveis urbanos e sociais: infraestrutura (que analisa indicadores como água e esgoto, coleta de lixo e tempo de deslocamento casa/trabalho), capital humano (que analisa a taxa de mortalidade infantil, escolaridade e analfabetismo, entre outros indicadores) e renda e trabalho (que avalia a renda, desocupação e trabalho infantil, entre outros).
Deslocamento até o trabalho
Um fator negativo apontado pela pesquisa é que a cidade tem o maior percentual de vulneráveis que gastam mais de uma hora até o trabalho dentro da população ocupada entre todos os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), representando 5,75%, ficando em segundo Ibirité, com 5,21% e em terceiro Esmeraldas, com 4,94%.
O Atlas da Vulnerabilidade Social, que apresenta o índice e seus indicadores, pode ser consultado no site do Ipea.