Não é em vão que as redes sociais fazem parte do nosso dia a dia, seja para passar o tempo ou para ficar informado, seja para falar de coisas pessoais ou coletivas. As grandes empresas já perceberam faz tempo a força das redes, seja de maneira positiva ou negativa. Há empresas que se destacam neste mercado, a cases interessantes, como os social media da Netflix (empresa de streamming) e o Cemitério Jardim da Ressurreição que são sucesso na internet. Com isso, as empresas entenderam que não pode ter qualquer um cuidando de seu perfil no facebook, instagram, twitter ou qualquer outra rede, é necessário dialogar com inteligência com esse público que está cotidianamente conectado.
A mesma velocidade que a rede avança, é a mesma com que ela engole quem não se adapta, como é o caso dos políticos e seus partidos. Desde as manifestações de 2013, ou antes mesmo, às redes sociais tem papel fundamental na convocação e cobertura desse tipo de evento, o impeachment da presidente Dilma teve um grande aparato que foi absorvido depois pelas grandes redes, seja para quem era a favor ou contra.
É fato que a rede social ainda não elege muita gente, mas faz uma diferença incrível e torna público as ações do parlamentar. Destaques em ideologias antagônicas, o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e o Partido NOVO tem grandes destaques na redes sociais.
As últimas eleições deram visibilidade a vereadores que trabalham muito bem as mídias, eleitos em Belo Horizonte em 2016, Gabriel Azevedo, ex-PSDB e atualmente no PHS (Partido Humanista Social) foi eleito com 10.185 votos e intenso uso da divulgação on-line, mas o maior destaque fica para depois de eleito, o parlamentar criou um aplicativo onde promete que os eleitores terão acesso total as decisões que ele tomará na Câmara dos Vereadores de BH. A novidade daria mais transparência ás tomadas de decisões, e seus eleitores se sentiriam bem contribuindo na votação, o aplicativo “meu vereador” está disponível para baixar e recebe adequações. Há várias ações, dentre elas os eleitores podem contribuir votando contra ou a favor de determinado projeto que vai para votação. Mesmo ainda sem saber se a prática será ideal, não deixa de ser uma evolução, que pode ser adequada.
Áurea Carolina do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) foi a vereadora mais votada de Belo Horizonte, levou consigo os movimentos sociais e boa parte ideológica da esquerda, que vem órfã a algum tempo, mas acima de tudo fez um trabalho na mídias sociais impecável. Dialogou com todo mundo no facebook, produzindo “lives”, divulgou todas as suas propostas, divulgou tudo que era necessário de maneira clara, atraente e a custo baixo, focou em seu público com lutas claras e conseguiu um lugar na Câmara, de quebra ainda fez uma segunda vereadora do partido, Cida Falabela.
Neves ainda vive muito de eleger vereadores que tem práticas assistencialistas, talvez em função da falta de informação da verdadeira função do vereador. Hoje um mandato que desse transparência com aparato das mídias sociais é essencial, mas poucos deles tem esta visão, não só para dar transparência como também manter o diálogo com seu eleitor. Precisamos evoluir não só como cidade, a população precisa participar mais, mas também precisar ter mais acesso e isso quem pode oferecer são os próprios administradores. A cidade ainda é bem dormitória em virtude do fluxo diário de pessoas, como mostra o estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) que você pode conferir aqui. Assim, práticas de publicidade e transparência na cidade se fazem necessárias, não só pela demanda social maior, mas por uma exigência da população que sempre cita a falta de informação principalmente na Casa Legislativa da cidade, e com o avanço das mídias sociais esta é a forma que os legisladores tem de dialogar com seu público, mesmo distante deles. Todas as decisões sendo bem informadas traz uma sensação de que a população não está sendo iludida, ou como um ditado antigo diz “quem não é visto, não é lembrado”, seja agora ou daqui quatro anos. Dessa forma senhores administradores, se tem algo que você não pode negociar politicamente é sua imagem.
