Sempre gosto de lembrar aos leitores deste espaço, que nenhum local se desenvolve se não houver antes o desenvolvimento das pessoas. É incrível e ao mesmo tempo estranho, como tudo está disponível para nós, mas ainda assim temos dificuldades em nos reinventar, buscar o novo, a interagir com a diversidade.
Seguimos nosso protocolo conservador, atendendo as nossas crenças ou achismos, voltados apenas para o que entendemos nos dizer respeito, negando a dar entrada para o diferente, quase sempre com a sensação de que mudar, meio que nos faz perder nossa própria razão.
A vida é cíclica, dotada de passado e presente com expectativa de futuro. O passado, processo importante da vida, tem a função de nos levar a reflexões, ao repensar. Ele nos oportuniza rever possíveis erros ou equívocos, e no aqui, agora, buscar em seus sinais a forma de seguir adiante. Decidir se viveremos simplesmente à espera da morte, ou lutaremos todos os dias para estarmos vivos, o quanto pudermos e estiver ao nosso alcance para usufruirmos de tudo que nos faz bem.
Decididamente a vida é feita de escolhas. Mesmo diante das intempéries, teremos de fazer escolhas de como lidar com elas. Lutar para vencê-las ou simplesmente lamentar. As intempéries não são escolhas, mas como lidar com elas sim. Nosso senso cognitivo nos oferece a oportunidade, a capacidade de processar informações e transformá-las em conhecimento, e de posse destas novas informações ou novos conhecimentos, trilhar novos rumos que possam nos levar a um mundo pessoal mais significativo para nossa própria existência.
Mas algo mais forte do que nós mesmos parece nos deixar meio que estáticos sem a capacidade de agir diferente, então seguimos nos levando conforme estabelece o protocolo social, reféns do que nos impõe acharmos ser o correto. É preciso olhar para nós mesmos, com o entendimento de que “EU SOU NO UNIVERSO, A PESSOA MAIS IMPORTANTE”. Claro que não poderemos desconsiderar a importância de nenhuma outra pessoa, mas ninguém poderá viver meu sonho, assim como eu não poderei viver o sonho de ninguém.
Se sou único, terei de ser eu o responsável por mim, e vislumbrar ao meu redor, o que poderei fazer para ser melhor. Como já dito acima, a vida é cíclica, e em todos os âmbitos, coisas que me eram fundamentais, hoje já não me atraem mais, enquanto que coisas que me passaram despercebidas hoje são indispensáveis.
Daí a necessidade em estarmos sempre aptos e abertos a nos reciclar, nos adaptar ao novo sem perder a essência do tempero que ainda nos é prazeroso degustar. Ter a capacidade de aprender, a alegria de viver, ter a capacidade de compreender as falhas humanas e principalmente a paciência e o carinho de ensinar, sem a pretensão de ser o dono da verdade.
O mundo nos oferece milhões de possibilidades, todas ao alcance das mãos. Mas é preciso nos mover, enxergar além do próprio nariz e passar a fazer por você, tudo que puder para engrandecer e melhorar sua própria existência.
Porque não começar agora a semear e regar com muito carinho esta frágil e delicada semente que é nossa própria vida!
Parar ou seguir...
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Redação -