Tenho a consciência, de que quando escrevemos algo e publicamos, iremos criar reações diretas em quem nos lê. Embora sem citarmos nenhum nome, muita das vezes alguns que nos leem, se sentirão invadidos, contestados ou outro tipo de sentimento qualquer.
Mas nossa intenção aqui, é expressar um “fato”, algo que definitivamente aconteceu, foi filmado e fotografado. De modo que não há a pretensão de invadir a privacidade de ninguém, é uma constatação.
Gostaria de aproveitar este conceituado espaço, para externar alguns destaques que entendo ser relevantes.
Participei do evento do XXVI aniversário da ANELCA, coletânea, “Prosas & Versos”, quando fui honrado em ser empossado Sócio Honorário da entidade.
Ali neste evento, vivi vários momentos de raras emoções, por ter interagido com uma riquíssima diversidade cultural.
Foram vários personagens materializando o seu “EU” através da música, das artes cênicas, da dança, do manuseio de instrumentos, da crônica, dos livros e outras formas diversas.
Me encantou o fato de todos, por unanimidade, se apresentarem sem a pretensão em serem reconhecidos, aplaudidos, ou se tornarem famosos.
O objetivo era único, ter a oportunidade de poder expressar e externar sua verdade.
Poder mostrar fidedignamente para quem quisesse enxergar que, este sou EU, isto que SOU.
Se acontecer de vir a fama e o reconhecimento, será por consequência.
Em cada apresentação, víamos a retratação da verdade, do pertencer àquela modalidade que pratica. Seja cantado, encenando, recitando, escrevendo ou manuseando um instrumento musical. Todos que nos agraciaram com suas apresentações, demonstraram que tudo que ali fizeram, vinha de dentro, não para encantar quem os assistiam, mas para dizer para todos; querem me conhecer, me vejam, eu sou assim. Talvez diferente, mas verdadeiro.
Tivemos ainda a premiação de reconhecimento, a três alunos do ensino público, por terem alcançado os 1o, 2o e 3o lugares no concurso literário promovido em parceria da ANELCA com a Secretaria de Educação. Que contagiante foi ver os brilhos nos olhos destes alunos em poder mostrar... Isso é meu! Fui eu quem produziu!
Vivi verdadeiros momentos de reflexões, do repensar, do admirar.
Quanta diversidade, quantas coisas lindas em um só local, em um só momento. Quão bom foi verificar a existência de tantos talentos espalhados pelo nosso município, talvez anônimos, mas gigantes no que fazem. Fui agraciado com o convite e contemplado com tudo que vi. Gratidão!
Mas nada do que tivemos a oportunidade em assistir de perto seria possível, não fosse a entrega, a dedicação voluntária dos componentes da ANELCA.
Pena que apesar da relevância social, apesar da dimensão cultural para o município, carece do olhar mais aguçado do poder público.
Nenhuma autoridade, seja do Executivo ou do Legislativo, conseguiu dimensionar a importância do evento, e se fazer presente. Nenhum representante da secretaria de cultura fora anunciado, embora tenhamos de destacar a presença do Luiz Cláudio, que está inserido nesta secretaria, e dispensa toda energia para preservação do patrimônio público municipal. Da secretaria de Educação, local cedido para o evento, até teve a presença do Subsecretário Fabrício, mas não podemos considerar que estava representando a secretaria, pois foi empossado como membro da ANELCA.
Mas estas ausências não diminuíram a magnitude do evento. Foi um momento singular para quem se fez presente, e pôde ver de perto a dedicação voluntária dos organizadores do evento que carinhosamente cuida da manutenção da entidade ANELCA há 26anos, e dos que se apresentaram.
Ao professor Mauro e o Dr. Maurilio Laureano, idealizadores e fundadores, e através deles todos os membros da ANELCA, o nosso reconhecimento e o nosso agradecimento pelo legado em prol dos munícipes Nevenses.
Seguem firmes.
O local se desenvolve através das ações de pessoas IMPORTANTES, não das pessoas famosas.
Frase de Martin Luther King Jr que diz: "O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.

