Antes era preciso conversar com o gerente, esperar dias pela análise de crédito e ainda correr o risco de ter o pedido negado. Com o cenário econômico favorável, tomar um empréstimo ficou tão fácil que nem é mais preciso ir ao banco.
Quem nunca recebeu a oferta de um cartão de crédito ao fazer compra num supermercado ou numa loja de departamentos ou mesmo pelo telefone? É o caso de lembrar um velho ditado: quando a esmola é grande, até o santo desconfia! E deve desconfiar mesmo. Por trás de tanta facilidade na obtenção de crédito escondem-se armadilhas que podem levar o consumidor a se enredar em dívidas.
A facilidade na obtenção de crédito, aliada a taxas e juros exorbitantes, pode levar o consumidor rapidamente à inadimplência, transformando o sonho de consumo em tremenda dor de cabeça. As empresas pecam ao não informar e não orientar os clientes dos riscos a que estão sujeitos e ao cometer abusos de vários tipos, como abordagens intimidadoras, venda casada, propaganda enganosa, cobranças indevidas, além de praticarem os juros mais altos do mercado.
Com os limites concedidos hoje, os clientes conseguem pelo menos quadruplicar sua renda nas cinco maiores instituições do país, considerando empréstimos no cheque especial, crédito pessoal e cartão de crédito.
A facilidade do empréstimo pré-aprovado, retirado diretamente no caixa eletrônico, vem aumentando o poder de compra do brasileiro e o consumo de bens duráveis, como TV, geladeira e máquina de lavar. Por outro lado, estimula as decisões por impulso e pode levar ao endividamento excessivo.
Quem usa linhas "emergenciais", como crédito de longo prazo, corre sérios riscos de se tornar inadimplente. O que se paga pelos cartões de crédito nem sempre compensa os benefícios. O risco de endividamento é grande, quando os apelos de consumo podem falar mais alto que o bom senso.
Fique atento e exija sempre que seus direitos sejam respeitados!