Um impasse na Justiça tem afetado o funcionamento do "Fica Vivo!" em Ribeirão das Neves e demais municípios mineiros. Desde o fim do mês passado, quando o contrato com a empresa que administrava os projetos se encerrou, todas as 45 unidades do programa estão de portas fechadas e ainda sem nenhuma previsão de retorno das atividades.
Em nota à imprensa, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) afirmou que o impasse começou com o fim do contrato com Instituto Jurídico para Efetivação da Cidadania (Ijuci), responsável pela gestão dos programas de prevenção à criminalidade, no dia 31 de julho. Uma nova licitação foi realizada e o vencedor, Instituto Elo, deveria assumir a partir de 1º de agosto, conforme edital.
Porém, o Ijuci – que também participou da concorrência – alegou irregularidades no edital e impetrou um mandado de segurança com pedido de liminar contra o resultado. Além disso, a organização ainda relatou problemas relacionados ao valor da licitação. Com o pedido deferido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, os Centros de Prevenção à Criminalidade acabaram ficando sem uma empresa para administrá-los e estão de portas fechadas.
De acordo com a pasta, o governo aguarda uma nova decisão judicial para dar continuidade aos programas, mas ainda não há previsão para que isso aconteça.
Em Ribeirão das Neves são três Centros de Prevenção à Criminalidade que atendem em média 2 mil jovens do município.