Nove pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal (PF) contra suspeitos de fraudar o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), por meio de saques indevidos do Programa de Integração Social (PIS). De acordo com PF, uma organização criminosa teria desviado R$ 27 milhões. Foram expedidos 11 mandados de prisão, mas duas pessoas não foram encontradas, e 33 de busca e apreensão.
Segundo a corporação, os alvos foram indiciados e vão responder por estelionato qualificado contra órgão público, uso de documento falso e formação de quadrilha. A PF informou que 2,3 mil cartões usados pela quadrilha foram apreendidos nesta segunda-feira (1º) na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Ribeirão das Neves, Belo Horizonte, Brumadinho, Contagem, Juatuba, Esmeraldas, Santa Luzia, Grão Mogol, Itacarambi e Corinto.
De acordo com as investigações, que começaram já sete meses, mais de 100 empresas tiveram dados utilizados indevidamente, e os fraudadores declaravam ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), anualmente, milhares de pessoas que não trabalharam efetivamente nas empresas.
A PF informou que os 28 mil vínculos de emprego foram declarados criminosamente nos últimos nove anos, acarretando na geração de um salário mínimo para cada um, e que cerca de 70% corresponderiam a pessoas falecidas.