Os metroviários de Belo Horizonte prometem paralisação total nesta quarta-feira (19). Os trabalhadores definiram, também, que vão sair em passeata a partir da Praça da Estação às 9h, no Centro da cidade, até a sede do Ministério Público do Trabalho, na avenida Bernardo Guimarães, onde eles farão uma reunião às 10h30.
Com a paralisação, cerca de 230 mil passageiros que utilizam os trens diariamente serão prejudicados, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A paralisação vai servir de base para a categoria definir se entra em greve por tempo indeterminado ou não.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários e Conexões do Estado de Minas Gerais (Sindimetro-MG), a paralisação é contra a privatização do setor na capital, já que o metrô deve passar a ser administrado pela Metrominas. Eles reclamam da falta de informações sobre o novo sistema e temem que haja consequências, como o aumento da passagem e o desemprego de alguns funcionários.
A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), à qual a Metrominas é vinculada, informou apenas, por meio de nota, que a Metrominas foi criada com o objetivo de receber o sistema de metrô existente, operado pela CBTU, e conduzir suas ampliações e melhoramentos.
Liminar
Uma liminar foi concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais à CBTU, na tarde desta terça-feira (18), determinando o funcionamento de no mínimo 70% dos trens, no horário de 5h30 às 9h e das 17h às 20h, e de no mínimo 50% nos demais horários. O descumprimento da liminar acarretará em multa diária de R$ 50.000.
O TRT também determinou o funcionamento integral do Centro de Controle Operacional durante todo o horário de cumprimento da escala mínima prevista e também da manutenção da via aérea.
O Sindimetro afirmou que, mesmo com a liminar, vai manter 100% dos veículos paralisados e que depois irá negociar a multa.