Acordo entre a empresa Impec e a Comissão dos Trabalhadores do Complexo Prisional de Neves pôs fim na manhã desta sexta-feira (10) a greve, que deu início no final do ano passado, mas problemas ainda não foram resolvidos. Essa foi a terceira paralisação dos operários da obra, que reivindicam condições melhores de trabalho. Quase 400 homens, contratados do Maranhão e Piauí alegam situação de risco nos alojamentos, falta de assistência médica, atraso no repasse do valor da passagem para visitarem suas famílias, a cada 90 dias trabalhados.
De acordo com marceneiro Edson Costa Fumeira, ex-presidente da Comissão dos Trabalhadores, a empresa acertou com o grupo que liderava a greve e comprometeu-se a fazer os reparos nos alojamentos. “Conseguimos fechar um acordo, mas resolvi ir embora para São Paulo. A situação aqui é muito difícil”, disse o operário.
Sindicato dos trabalhadores da construção Civil acompanha as negociações dos operários junto ao Ministério do Trabalho e a Impec, responsável pela contratação dos trabalhadores. Segundo diretor de comunicação do sindicato, José Luiz Veloso, o operários relataram que muita gente está trabalhando passando mal, por falta de transporte para prestar socorro, mas que o principal problema é com relação aos alojamentos. “Identificamos muitas irregularidades nos alojamentos, que não possuem ventilação adequada entre outros problemas”, explicou. Cerca de 600 trabalhadores aderiram à greve, mas retornaram o trabalho essa semana.
De acordo com José Luiz a empresa começou a fazer os reparos nos dez alojamentos, que abrigam quase 400 operários instalados no município. Dois desses alojamentos estão localizados próximo ao cemitério e outro próximo ao Fórum.