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Maria do Carmo Freitas

Ainda que o Natal hoje não tenha mais a calma, a simplicidade, o afeto familiar, o respeito e o silêncio da oração, pois NELE está incorporado o espetáculo televisivo: muita iluminação, muitos fogos de artifícios, parafernálias de sons, axé, funk … Ainda assim, vale lembrar que o Natal é para celebrar o aniversário de um menino que nasceu há mais de 2000 mil anos, em uma manjedoura miserável, mas  que trouxe uma mensagem renovadora de comunicação para o planeta.

Ainda que o Natal tenha sido banalizado pela vida moderna do “ter” e não “ser” e, hoje, é um acontecimento que  não mais surpreende. Ainda assim, as luzes que desenham  árvores, praças, ruas, lagoas e janelas das cidades, aproximando de uma obra de arte, com certeza, chamam a atenção e provocam alegria em quem as vislumbram, imaginando o som do jingle Bell.

Ainda que o Natal seja também uma farra comercial, de shopping centers, disputa por espaço, trânsito enlouquecido, muita comida e bebida. Ainda assim, o Natal é a
Ainda que eu repita que  nada é menos surpreendente do que o Natal e que as suas contradições me assustam. Ainda assim, eu me rendo à sua tradição: aos abraços de confraternização, a missa do galo, ao presépio, ao brinde, a saudade…

Ainda que o Natal tenha se transformado em rituais gastronômicos, perdendo a antiga delicadeza. Ao invés de família reunida, deparamos com ricos e pobres solitários, tentando recriar uma “ Noite Feliz”, nem que seja em lanchonetes e botequins. Ainda assim, acredito nos olhos que nos olham com sentimentos  e atenção (Quem sabe é o CRISTO vivendo em nós) e, então, o Natal está sendo comemorado todos os dias.

Ainda que o Natal seja hoje  uma repetição instituída com mensagens mecanizadas faladas e ilustradas. Ainda assim, “ ELE” estará salvo porque simboliza o amor incondicional e fraternal.

Ainda que do Natal não seja  preciso dizer mais nada, porque não tem como desenvolver um novo enfoque a seu respeito. Ainda assim, vale lembrar que a sua essência é a simplicidade e família reunida, mensagem remetida há mais de 2012 anos, daquele que é sinônimo de amor, JESUS. Então, só por isso, VIVA O NATAL!

 

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Sábado, dia 30 de junho, foi o prazo final determinado pela Justiça Eleitoral para que os partidos políticos fizessem as convenções e definissem as chapas dos candidatos a prefeitos e vereadores dos 5,5 mil municípios brasileiros.

A grande novidade da eleição de 7 de outubro, é  que os candidatos ao Executivo Municipal e ao Legislativo serão analisados sob a égide da Lei da Ficha Limpa, que proíbe  cidadãos  considerados ficha-suja a se candidatarem a cargos públicos.  Vale lembrar que a Ficha Limpa é o resultado da cobrança da sociedade brasileira, inspirada pelo brasileiro comum, cidadão que colheu assinaturas, que foi às ruas, praças e avenidas com crianças e jovens. Que levantou faixas e bandeiras, exigindo um novo tempo na política do país.

Agora, quando começa a Campanha Eleitoral é o momento de ver e cobrar se os partidos políticos e candidatos estão compromissados com a transparência e a  ética, se as propostas tiveram uma prévia consulta junto à  comunidade, se têm consistência para serem colocadas em prática ou se são meras propostas eleitoreiras. É fundamental que os candidatos demonstrem profundo respeito à coisa pública, descartando vícios rotineiros tão comuns à cena política brasileira.  Além disso, cabe  ao eleitor investigar a ficha do candidato, os seus antecendentes e, se o que ele propoẽ vem ao encontro dos anseios e necessidades da comunidade.

Vale ressaltar também que, em meio a Campanha Eleitoral, enquanto os candidatos estiverem nas ruas ou expondo suas propostas na propaganda eleitoral de televisão e rádio, O Congresso Nacional estará julgando a CPI do Cachoeira, e o Supremo Tribunal Eleitoral (STF) julga o escândalo do Mensalão de 2005, que sinaliza esquema de corrupção com financiamento irregular de campanhas eleitorais. Esse dois acontecimentos são emblemáticos e não podem ser esquecidos pelo cidadão e, principalmente, pelo eleitor que têm compromisso com a mudança e que acredita no voto como a única ferramenta para a mudança.

Portanto, o uso da máquina administrativa, propagandas irregulares, antecipadas ou fora de contexto devem ser coibidas com rigor pela Justiça Eleitoral, independentemente do CPF do candidato ou do CNPJ do Partido Político. É preciso também que o cidadão acompanhe, participe do processo eleitoral, denunciando as irregularidades, acabando ainda com o mito de que as punições eleitorais são fictícias e acabam sempre em pizzas.  É bom lembrar que é histórico a Lei da Ficha Limpa e que, finalmente, o Brasil aprimorou os mecanismos de controle e prevenção das irregularidades. Dois momentos distintos, na qual foi fundamental a participação da sociedade civil.

Assim, candidatos e Justiça precisam estar imbuídos do espírito ético-moral para dar dignidade ao voto. Cabe também ao eleitor pesquisar a vida do candidato e acompanhar os debates eleitorais para saber se os candidatos estão à altura do desafio de fazer dessa eleição, uma eleição de mudanças.

É certo também que o brasileiro demonstra cansaço e descrença quando o assunto é política, contudo, não fugiu à responsabilidade de buscar um país melhor: mais justo, solidário e ético. E, com certeza, saberá cobrar nas urnas.

 

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Carlos Drummond de Andrade

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necissita de adninhação, de pele, de saliva, lágrimas, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, lferte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas. Namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser omais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira; basta um olhar de compreensão ou meso de aflição.. Quem não tem namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduiche de padaria ou dribe no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa, é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do pr´prio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobslhados de alegria pela lucidez de amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beirad'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou no meio do dia de sol em plena prais cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confude solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo, e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estourado, saia do quintal de sim mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria para quem passe debaixo da janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada, Ande como se chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palvras de galanteira. Se você não tem namorado é porque ainda não enloqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.

Feliz Dia dos Namorados!!!

 

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O mérito de uma existência digna está na capacidade da pessoa equilibrar as ações do dia a dia, realizando tarefas dentro do tempo e condição e, acima de tudo, criando caminhos éticos que vai repassando de geração a geração.

A pessoa que descreverei a seguir, tem uma vida plena de luz e bons exemplos para com os seus. É uma pessoa cativante, afável, simples e muito comunicativa. Sua vida está pautada na caridade e na fé. Sempre captou o lado positivo das pessoas. Esbanjando tolerância, nada ela censura, nada que é humano a escandaliza. Reparte alegria e a dor guarda pra si.

Nascida em Vila Maravilha (São José da Lapa), 1913, filha de sitiante e de uma dona de casa quitanteira. É a quarta de seis irmãs e a única viva. Estudou até a 3ª série do antigo primário, mas escrevia e lia muito bem. Na vida simples de roceira, teve uma infância feliz junto aos familiares.

Na adolescência tomou gosto pela festas religiosas e passou a militar a fé cristã, pondo em prática os ensinamentos.

Quando jovem, adorava ir  às festas das padroeiras nas cidades de Lagoa Santa e Ribeirão das Neves, mas também gostava de dançar e namorar. Foi em uma dessas festas que ela conheceu o seu marido, José Alexandre de Freitas. Moço que tocava cavaquinho e era pé de valsa. Com ele se casou e viveu por quase 50 anos, tendo tido o casal onze filhos.

Assim, entregue aos cuidados de duas gerações de filhos, nunca trabalhou fora. Nunca teve poder, mas é livre e autêntica. A sua intensa vida social sempre esteve ligada à Igreja Católica, onde participou das seguintes irmandades: Filhas de Maria, Apostolado da Oração e Vicentina.

Mora em Ribeirão das Neves há mais de 60 anos, onde também nasceram todos os filhos. É muito estimada na cidade, cultivando muitas amizades.

Os muitos exemplos que deixa para os 18 netos, 17 bisnetos e 2 tataranetos, inclui a suavidade com que resolvia os problemas que a afligia a si e ao próximo, o que é muito maior do qualquer projeto político. Ela tem uma vida que não evitou turbulências, mas também não se define por elas. Com todos os parentes, filhos, netos, bisnetos e tataranetos ela tem um olhar de carinho. E todos têm uma história engraçada com a avó e bisá.

Agora, mesmo com a saúde frágil, memória  falhando devido a audição completamente comprometida,  a voz continua firme e as mãos não tremem, o comprimento às pessoas ainda se faz presente e ela continua enchendo a nossa vida de doçura e coragem.

Seu nome é Antonieta Antonina Rodrigues, minha estrela-guia.

Hoje, ela completa 99 anos.

Feliz idade. Parabéns, mamãe.

 

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ELAS têm o Dom da Vida e  o olhar do eterno amor!
São aguerridas e paradoxais.
Quando vejo o rosto da que convivo, encontro no olhar manso, puro e frágil, um amor incomensurável e isso me dá  uma certeza plena que a vida vale a pena. “Ela” é exemplo na construção da minha história.
Através do seu olhar tenho vislumbrado outros olhares, outras vidas.
Vidas de fé, que no engenho dado por Deus, criam e recriam a mais bela das artes: amar incondicionalmente outro ser. E, por causa desse amor, doam, cuidam, choram, sofrem e por Ele são capazes de morrer.
Vidas grandes, simples e sábias. Vidas engedradas com arte. Arte de educar, de amenizar , brigar e ponderar.
Vidas, que sabiamente equilibram as ações do sim e do não.
Vidas ricas e pobres, cultas, incultas, brancas e negras.
Vidas de meninas que ninam antes da hora. Vidas maduras que acalentam e vivem o mais sublime amor.
Vidas que encaram às diversidades com dignidade.
Vidas que renunciam, mas que também trabalham, cantam e emocionam.
Vidas modernas e tradicionais.
Vidas que simbolizam o amor de Maria!
Vidas especiais, pois todos Os Dias São Seus.
Vidas, grandiosamente, Mães!

 

 

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Homenageio Antonieta, mãe, estrela guia, na minha vida é a primeira.

Falo para as minhas amigas de todos os dias, perto ou longe: Socorro, Zara, Tânia, Nadja, Patrícia, Maria Célia, Helena, todas queridas, espiritualizadas, alegres e justas.

Falo às minhas colegas da comunicação. Dani, mãe decidida, justa, transparente e de bom coração. Gisele, sua companhia é tudo de bom, Beatriz, tão Zen, Maria, mãe, mãe e mãe, Jouse, muita coisa ainda vai comunicar. E a Marcione, quanta alegria e disposição! "Tudo bem coisinha".

Falo para as minha irmãs: Neuza, que também me criou, Delma e Tânia. Mulheres que compartilham comigo o bom e o ruim e as intimidades do dia a dia.

Falo às Marias, mulheres que têm fé na vida. Tão comuns. No cotidiano labutam, lutam choram pelos filhos, maridos, irmãos, se desesperam, caem, mas dão a volta por cima e tudo ensinam.

Falo às fomiguinhas, varrem ruas e avenidas e suas próprias lágrimas.

Dou viva à Conceição. Mulher guerreira lá de Ponte Nova. Sua história de vida é mais que uma lição.

Falo às mulheres negras, lindas, mas ainda discriminadas.

Dou viva! Às mulheres do Vale do Jequintinhonha. Artistas que adornam o barro, que tecem e lavam roupa jogando no rio as tristezas e misérias. Vidas de arte e oração.

Dou Viva, as mulheres que se enfeitam, que se gostam, que brigam pelo que é de "seu", mas, se amam, acima de tudo.

Dou viva, as meninas que cedo embalam seus filhos, num misto de apego, medo e solidão.

Dou viva, as mulheres corajosas, que sentam sozinhas num bar e, sem intimidação, pedem uma cerveja.

Falo às mulheres que salvam vidas, as que investigam, prendem em nome da Lei e protegem Vidas.

Dou viva, as mulheres que fazem da cozinha uma arte.

Falo às mulheres incompreendidas, que correm todos os riscos e vivem às suas maneiras.

Dou viva! As mulheres que através da prosa e do verso se tornaram imortais: Cecília, Clarice, Raquel, Adelia, Lígia …

Falo às mulheres do salão de beleza, da motocicleta, das lanchonetes e das calçadas.

Dou Viva, as mulheres desdobráveis do século XXI. Tão soltas, inteligentes, banais, poderosas, carentes, loucas e marginais.

Falo às mulheres mineiras, discretas, elegantes e o que mais?

Dou Viva, enfim, a todas as mulheres de Neves: as donas de casa,  as trabalhadoras, que passam horas em filas de ônibus, que suam e trabalham em busca do ganha pão. As rezadeiras, quitandeiras, as políticas, as policiais, as professoras, as poetizas e todas que tudo de um pouco fazem.

 

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Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do RibeiraoDasNeves.net.

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