Lendo a bíblia, constata-se que Moisés conheceu sua esposa Zípora quando ela estava em uma luta por água. E essa disputa prossegue a humanidade. Mais uma vez, o povo brasileiro está a enfrentar uma forte crise hídrica, que pode ser na verdade uma crise de eficiência dos gestores. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, já é rotina em muitos bairros da periferia a falta de água. Sem explicações claras dos motivos pelos quais a água falta.
Não é só a falta de água que assola a RMBH. Um problema de gestão relativo à água potável e saneamento básico exige atenção especial na qualidade da água.
Em 2015, quando Fernando Pimentel assumiu o Governo do Estado, ele garantiu na Bacia do Rio Paraopeba uma obra que evitaria problemas de abastecimento que tanto assustaram o povo de RMBH em anos anteriores.
Na sequência, ocorreu o incidente de Brumadinho, já no início do Governo Romeu Zema. Não há como negar que a captação de água do rio Paraopeba ficou comprometida ao menos parcialmente. Se a captação não ficou inviabilizada, com certeza teve sua qualidade afetada.
Ninguém ficava medindo quantos dias se podia utilizar um filtro de barro sem precisar lavar ou trocar as velas. Mas todos sabem que, após o incidente de Brumadinho, a frequência com que se lava a vela do filtro ou que ela é trocada aumentou. E isso porque a vela fica completamente avermelhada em três ou quatro dias.
Para piorar o quadro que assola o povo na região metropolitana, a copasa não raro é encontrada respondendo por irregularidades nas cobranças de contas. Cobranças excessivas por lançamentos sem a devida leitura nos medidores. Cobranças por serviços não prestados. E muita dificuldade para resolver as questões diretamente com os canais de atendimento do consumidor da empresa.
Quando o Governo sustenta um discurso de privatização, não prover a empresa que presta serviço público de saneamento com uma atuação atenta ao princípio de efetividade e eficiência do serviço prestado, aparenta ser uma estratégia de construir uma indisposição da população para com isso forjar uma aceitação da ideia de privatizar, como se esta fosse uma boa solução.
Nada de fechar os olhos a uma realidade hídrica que é caótica em todo o mundo. Mas ouvir agentes públicos, políticos ou de carreira, proclamando que a privatização é uma alternativa, soa como uma confissão ficta de incapacidade deste agente público de realizar sua função de forma eficaz e eficiente.
Ora, se o agente público investido pela Constituição e pela Lei da obrigação de gerir um órgão, bem ou empresa públicos e este agente fica a todo tempo apresentando como alternativa a entrega do órgão, bem ou empresa públicos à inciativa privada, parece mais uma incapacidade do agente para gerir o arcabouço humano e patrimonial sob sua batuta.
Existem exemplos de privatizações que não deram tão certo, gerando inclusive pedido de recuperação judicial da empresa que se tornou responsável pelo serviço privatizado.
Então, toda vez que o agente público ficar proclamando a necessidade de privatizar, é preciso ler nas entrelinhas que ele é incapaz de gerir o órgão que deseja vender, de modo que pode não ser um problema do órgão em si, mas do gestor. E que, mudando o gestor, o serviço pode operar com eficácia e eficiência. Sem que necessariamente a venda traga melhorias.
Uma questão muito debatida na cidade, principalmente na região de Justinópolis, e que recentemente vem à tona nas falas do Colé Markim e do Sasp, influencers digitais bem conhecidos da região e até no graffiti do personagem Bolinho que foi pintado em um muro da Avenida JK, é se Justinópolis é Neves ou não.
Essa questão faz muito sentido já que Justinópolis é conurbada a Venda Nova, ou seja, são espaços contínuos e regiões divididas por uma rua. A formação do distrito de Justinópolis, teve influência no processo da periferização de Belo Horizonte, através do crescimento da região de Venda Nova, zona norte da capital. O distrito de Justinópolis foi desbravado pelos agentes imobiliários e se consolidou ligado muito mais a Venda Nova, tendo poucos laços de ligação com a Sede do município de Ribeirão das Neves, o que leva a ausência de coesão territorial e fraca integração regional.
De outro lado, a formação da Sede da cidade de Ribeirão das Neves foi fortemente influenciada pela construção da Penitenciária Agrícola de Neves e a Regional Veneza, como fica conhecida, leva o nome de um de seus maiores bairros, originado a partir de loteamento popular e cresce a partir da construção do eixo viário da BR-040, inaugurada na década de 1970, se constituindo como um eixo de expansão da cidade. A regional Veneza se tornou alvo de intenso processo de parcelamento e ocupação, mas permaneceu isolada da Sede, seja pelos condomínios fechados e chácaras de recreio que ocupam grande parte do seu território, seja pela barreira representada pela própria rodovia da qual é área lindeira. Assim como ocorre com Justinópolis, mantém uma relação tênue com o núcleo urbano da Sede do município, ao qual se vincula principalmente por razões de ordem administrativa.
Nesse sentido, os processos de formação das três regionais da cidade são muito distintas e refletem na organização da cidade até a atualidade, além de serem separadas por barreiras físicas e estradas, possuem relações espaciais com pouca ligação, exemplificada pela precária e desarticulada malha viária, de forma que já disseram por aí que Ribeirão das Neves se parece mais com um arquipélago de ilhas do que com uma cidade.
No meio dessa história toda, de tempos em tempos, a partir desse sentimento de não pertencimento à cidade, surgem diversas teorias e tentativas de emancipação e com isso, por duas vezes, houveram dois plebiscitos realizados pela Justiça Eleitoral para consultar a população nevense sobre uma separação do distrito de Justinópolis. O primeiro plebiscito foi em 1991, onde apesar de a maioria dos presentes ter votado a favor, não houve o quórum mínimo exigido, que é o de maioria simples, e o resultado final foi pela não emancipação. Em 1995 o segundo, que teve percentual de participantes inferior à primeira consulta, e novamente, a maioria dos votantes foram favoráveis à emancipação, mas como o quórum mínimo não foi atingido, o plano de transformar Justinópolis em um novo município independente foi frustrado.
De acordo os poucos estudos da área, a viabilidade econômico-financeira da emancipação de Justinópolis seria negativa, com gastos enormes para sustentar sua própria prefeitura, câmara de vereadores e funcionários públicos, além da defasagem nos serviços públicos e campo industrial, que estão concentrados na Sede do município, além da baixa geração de impostos.
Com isso, atualmente, o município de Ribeirão das Neves é dividido em três distritos: Sede, Justinópolis e Veneza. E no final das contas, Justinópolis é Neves sim.
O Programa de Estágio do Banco Mercantil do Brasil (MB) passou por uma repaginação e agora está mais moderno, atrativo e alinhado com o público-alvo: os jovens universitários. O programa ganhou uma landing page (programadeestagiomb.com.br) que reúne informações como a cultura organizacional do banco, áreas de atuação do programa, etapas do processo seletivo, benefícios e pré-requisitos.
Além do novo canal e da nova identidade visual, o MB também voltou a abrir vagas de estágio para os Pontos de Atendimento em todo o Brasil. Com isso, os estagiários terão a oportunidade de conhecer mais a rotina das agências, entender o negócio e transformar experiências por meio das relações com as pessoas. “Caso o candidato não encontre uma vaga alinhada com o seu curso, é possível se cadastrar no Banco de Talentos da empresa, ao qual recorremos regularmente para preencher vagas de novas oportunidades”, destaca Cassio Laignier, Coordenador de Recrutamento e Seleção.
Vagas disponíveis
O Mercantil do Brasil está oferecendo vagas de estágio para jovens talentos de diversas áreas para atuação. São oportunidades abertas para estudantes dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Direito, Engenharia, Estatística, Psicologia, Relações Internacionais e Tecnologia. Para participar do processo seletivo, os interessados devem cadastrar o currículo no site jobs.kenoby.com/vempromercantil.
O profissional precisa estar matriculado e cursando o ensino superior, além de ter disponibilidade para cumprir até dois anos de programa de estágio, durante o período de 6 horas, de segunda a sexta-feira, de manhã ou à tarde. O MB busca profissionais que querem ganhar experiência na sua carreira, com perfil proativo, inovador, com brilho nos olhos, facilidade de trabalhar em equipe e perfil para resolução de problemas e inovador.
Além da bolsa de estágio, os benefícios oferecidos pelo MB incluem vale-transporte e acesso ao GymPass, Programa Meu Bem Estar e Academia Mercantil, que conta com cursos on-line para a ambientação e o desenvolvimento profissional do estagiário.
Mercantil do Brasil
O Banco Mercantil do Brasil vem passando por uma importante transformação cultural nos últimos anos, pautada no investimento em inovação, tecnologia e pessoas. Só em tecnologia, os investimentos do banco orçados para 2021 somam R$ 137 milhões.
Contando com mais de 3 milhões de clientes ativos, 75% dos quais são pessoas físicas com 50 anos ou mais, o banco mineiro carrega em seu DNA o propósito de oferecer a seus clientes uma experiência única. Não é à toa que o banco foi eleito em 2021 a Empresa do Ano no Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente e atingiu o patamar de Excelência na pesquisa NPS (Net Promoter Score), que fornece informações sobre fidelidade dos clientes e grau de satisfação com produtos e serviços, apurada de forma contínua.
Sustentada por seus talentos, o crescimento dos números vem acompanhado de posições de destaque nos rankings de melhor empresa para se trabalhar, tendo o banco sido premiado entre os três primeiros colocados em Minas Gerais nos últimos quatro anos no GPTW.
Instrutor horista
Salário: não informado.
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A Copasa informou que, devido a necessidade de manutenção emergencial na rede de água, o abastecimento em alguns bairros dos municípios de Ribeirão das Neves e Belo Horizonte foi interrompido na tarde desta segunda-feira (19).
De acordo com a empresa, a previsão é que o abastecimento seja normalizado, gradativamente, no decorrer desta noite.
Em Ribeirão das Neves foram afetados os bairros Botafogo, Canoas, Cerejeira, Céu Anil, Eliane, Elizabeth, Evereste, Fazenda Misongue, Felixlândia, Flamengo, Fortaleza, Granjas Primavera, Guadalajara, Havaí, Itapoá, Jardim de Ala, 1 Seção, Katia, Lagoa, Laredo, Lidici, Nossa Senhora da Conceição, Núcleo Tradicional, Penha, Santa Branca, Santa Fé, São Januário, São João de Deus, São José, São Miguel Arcanjo, Sonia, Toni, Tropical, Urca, Vera Lucia, Viena e Vila Braúna, Vila Papine.
Atividades
Auxíliar administrativo
Requisitos
Cursando o ensino médio
Salário: não informado.
Carga horária: Segunda a sábado, das 13h às 18h
Interessados devem enviar currículo para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Será realizada nesta quarta-feira (23), às 14h, uma oficina de apresentação do Plano de Manejo da área de proteção ambiental da cachoeira da Lajinha, em Ribeirão das Neves. O estudo está sendo elaborado pela empresa "Ecosoul - Planejamento, Consultoria e Soluções Ambientais" a partir das ações previstas no Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas.
Importante área ainda preservada em Riberião das Neves criada através do Decreto Municipal nº 119, de 27 de dezembro de 2016, a APA da Cachoeira da Lajinha tem por objetivo conciliar a preservção da fauna, flora e manancial de águas, considerando suas vocações econômicas, cujo planejamento é necessário para assegurar a proteção e o desenvolvimento de forma equilibrada.
Neste seminário, será apresentada a proposta do projeto, produtos esperados, cronograma de execução, onde também os participantes poderão esclarecer dúvidas e trocar informações que julguem necessárias para o bom andamento deste projeto. Será também uma ótima oportunidade para mapaer os atores interessandos em participar da construção deste Plano de Manejo.
O seminário será realizado de forma virtual devido ao contexto da pandemia do coronavírus e pode ser acessado pelo computador ou pelo celular através do link do Google Meet ou através da transmissão ao vivo pelo YouTube. Em caso de dúvidas, os interessados em participar devem enviar um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. com o título do assunto: "Oficina – APAM Cachoeira da Lajinha".
Moradores de Ribeirão das Neves, Betim, Contagem e Esmeraldas vão ficar sem abastecimento de água neste domingo (20) devido a uma manutenção na rede realizada pela Copasa.
Em Ribeirão das Neves, foram afetados os bairros Alterosa, Jardim Verona e Veneza.
De acordo com a companhia, a previsão é que o abastecimento retorne, gradativamente, no decorrer da madrugada desta segunda-feira (21).
Com o lindo poema "O Menino Azul", de Cecília Meireles, ingresso nessa parla, o verso também caberia ser chamado de: "A Menina Azul", "O Menino Rosa", "As crianças Amarelas", "As meninas Lilases", "Os Meninos Verdes", "As crianças Pretas" e todas as cores do arco-íris, todos os nomes que conseguir imaginar ou todas as rimas que for capaz de inventar. Sim! Poesia se constitui nisto: imaginar, inventar, criar, questionar, relembrar, refletir, descobrir, e por que não reinventar? Nesse sentido, emano te convidar a, para comigo, analisarmos, refletirmos e redescobrirmos, o porquê desse poema estar aqui.
O menino quer um parceiro, mas um parceiro que o compreenda, que seja paciente e que não corra demais, que não pule nenhuma etapa, porém que esteja ali para conversar, orientar e não apenas brincar ou passear. Ensinar não se reduz a transferir conhecimento, lecionar todos os conteúdos ou, simplesmente, virar a caixa de brinquedos e "lego", e deduzir que somente aquele gesto representa a ludicidade necessária para o desenvolvimento das crianças. Não! Ensinar vai além. Expressa-se na construção do conhecimento de maneira dialógica e colaborativa ao criar inúmeras possibilidades em sua produção.
O menino quer um companheiro que saiba dizer os nomes de tudo que aparecer, "não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino" (Freire, 1996), para haver aquisição do conhecimento se faz necessário buscar, indagar, descobrir. Sim! Não basta ser um lexicógrafo e saber o nome das coisas, o indispensável se denota em construir e reconstruir. O "menino" incentivado a pensar, debater, questionar, construir um novo conhecimento, para amanhã repensar, desconstruir e reconstruir. Só assim que se desenvolve o pensamento crítico.
O menino quer um amigo que bonitas histórias saiba inventar, pois, assim também, saberá que criar invenções ele aprenderá. O "menino" quer alguém que o ensine a sonhar, a criar e a imaginar. Educar define-se por formar, e qual formação estamos proporcionando às nossas crianças? Uma história bonita, construída em alicerces sólidos e firmes, mas que tem a flexibilidade de se refazer conforme as necessidades? Ou uma história traumática construída na areia, sem raízes, que se desfaz e desaparece deixando-o sem chão?
O menino quer um aliado, aventureiro, para sair pelo mundo sem fim, quer alguém que esteja junto, que o incentive e o desafie. Que tenha predisposição para a mudança, que aceite e valorize as diferenças. Que tenha consciência de que o conhecimento não tem fim, que o "erro" se limita a um gatilho para repensar e reconstruir o aprendizado. Tornamo-nos culturais quando aprendemos, interferimos e participamos, em verdade, problematizamos o futuro e transformamos nossas vidas.
Quem souber de um parceiro, companheiro, amigo, aliado, aventureiro, educador, sonhador, incentivador como esse, pode escrever para:
Rua da Curiosidade, Número da Imaginação,
Bairro da Criação,
CEP da Diversão,
Cidade do Compartilhamento,
Estado da Reflexão
País da Mudança
Ao Menino Azul que quer aprender a ler.
Ele, ainda não sabe ler, mas traz consigo um conhecimento social, cultural, individual que é seu, único e libertador. Sua curiosidade, autonomia e criatividade nos leva a refletir sobre diversos assuntos, mas aqui, nesta conversa, quis ressaltar que o "aprender" veio antes do "ensinar"…
Que sejamos eternos aprendizes, e tenhamos o compromisso de imaginar, criar, educar, questionar, ensinar, compartilhar, produzir, refletir… simultaneamente com nossas crianças. O aprender é uma aventura criadora, “Só somos porque estamos sendo”, e é por meio da educação que faremos a intervenção no mundo.
Abraços, até a próxima!!!
Profª Liza Iole da Silva Caetano
Referências:
MEIRELES, Cecília, Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira,2002
RESNICK, Mitchel, Jardim de Infância para a Vida Toda: Por uma Aprendizagem Criativa, Mão na Massa e Relevante, Editora Penso, 1ª edição, 2020.
FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa, São Paulo, Editora Paz e Terra, 30ª Edição, 1996.
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