O primeiro passo foi garantir a vaga na equipe que disputará a Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010. Agora, Luís Fabiano luta para conquistar seus outros dois objetivos: o título de campeão mundial com a Seleção Brasileira e a artilharia da competição. Para isso, o atacante precisa quebrar um jejum de gols com a camisa verde e amarela que já dura cinco jogos.

"Tenho tudo para fazer gols na Copa do Mundo. Quando chegar o primeiro, virão vários. Mas o mais importante é o título", diz o atacante do Sevilha, da Espanha. "Estou em uma etapa na qual busco metas. Uma já consegui, que é estar aqui, outra é ser campeão e outra é ser o artilheiro".

O primeiro passo pode ser dado na partida contra a Coreia do Norte, na próxima terça-feira. O "Fabuloso" tem o retrospecto a seu favor quando o assunto é fazer gols em estreias. Na primeira vez em que vestiu a camisa da Seleção, em 2003, num amistoso contra a Nigéria, Luis Fabiano deixou sua marca. Ele também fez um gol no primeiro jogo da Copa América 2004, no Peru, garantindo a vitória do Brasil.

Já com Dunga como técnico, pelas Eliminatórias, Fabiano marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai em sua primeira partida como titular da equipe. E na estreia na Copa das Confederações, em 2009, outro triunfo na partida de abertura, na vitória do Brasil sobre o Egito por 4 a 3.

Autor de 25 gols em 36 jogos pela Seleção, 19 deles marcados nas 26 partidas que disputou sob o comando do técnico Dunga, o artilheiro tenta não pensar na pressão de ser uma referência no ataque e suceder nomes como Ronaldo, maior artilheiro do Brasil em Copas do Mundo, com 15 gols.

"É muita responsabilidade, não apenas porque grandes nomes usaram esta camisa, mas também pela pressão que é vestir a verde e amarela", disse.

Luís Fabiano garante não se incomodar em seguir a "cartilha" apontada como marca do time de Dunga, deixando de lado o tradicional "jogo bonito" brasileiro para valorizar o esforço, a luta e o trabalho coletivo. Ele lembra que a Seleção "encantou quando teve que encantar e foi guerreira quando precisou ser".

"Se é preciso jogar feio para ganhar, vamos fazer isso O que importa na Copa é ganhar", diz.

Os gols que venha a marcar na África do Sul 2010, assim como todos os outros de seu currículo, serão dedicados ao avô, já falecido, que o criou.

"Gostaria de ganhar a Copa por ele, porque foi meu pai. Foi meu grande ídolo e um fã também", disse.

Luís Fabiano confia em sua capacidade, mas também na equipe do Brasil, definida por ele como "um jato voando baixo que, seguramente, vai surpreender muita gente".

O Brasil integra o Grupo G, junto com Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal, e estreia no dia 15 de junho contra os asiáticos.

FIFA.com