Está chegando a hora. Às 16h desta sexta-feira (horário local), terá início uma Copa do Mundo da FIFA como nenhuma outra, para alegria não apenas da África do Sul, mas do continente como um todo. Durante 31 dias, uma festa cultural e futebolística tomará conta da pátria de Nelson Mandela. As cores, os sons e a animação prometem ser um verdadeiro banquete para os sentidos.
Desde 15 de maio de 2004, quando a África do Sul foi convidada a sediar a Copa do Mundo da FIFA 2010, até este momento, a poucas horas do pontapé inicial entre o país anfitrião e o México, milhões de pessoas se encantaram com a perspectiva da primeira visita ao continente do maior torneio do futebol mundial. Com a bola no pé, o país anfitrião ainda precisa crescer um pouco para chegar ao grupo de elite, pois está atualmente na 83ª posição no Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola e só ganhou uma partida na história do Mundial — contra a Eslovênia por 1 a 0 em 2002. Mesmo assim, ao se transformar na 16ª nação a receber o maior evento do futebol, o país localizado no extremo sul da África passa a ser o centro das atenções.
Em um aspecto mais amplo, o país acredita que o torneio poderá gerar um legado de união de negros e brancos em torno do verde e do amarelo da Bafana Bafana, deixando cada vez mais para trás o passado turbulento. Com as barulhentas vuvuzelas e uma exuberância inerente, os donos da casa prometem produzir um espetáculo de que os nossos olhos e ouvidos demorarão a se esquecer. Para isso também contarão com o brilho de astros como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Kaká e Wayne Rooney, além das outras centenas de jogadores que viajaram de todos os cantos do mundo para mostrarem o seu futebol em dez estádios magníficos.
A esperança de um país
O imponente estádio em Johanesburgo, que testemunhou o primeiro grande discurso de Nelson Mandela após a sua libertação em 1990, também será o palco da partida de abertura amanhã. Entre os donos da casa, estará um brasileiro: o técnico Carlos Alberto Parreira, que se prepara para bater um novo recorde com a participação em seis edições da Copa do Mundo da FIFA. Porém, a pressão será maior do que nunca, já que Parreira pela primeira vez dirige uma seleção anfitriã, carregando nas costas as esperanças de uma nação com um passado sofrido e um futuro promissor.
A emoção dos grandes jogos chegará a todos os oito grupos em todos os dez estádios. Desta vez o tradicional "grupo da morte" parece ser o do Brasil, que também conta com as fortes seleções de Portugal e Costa do Marfim e com a grande incógnita que é a Coreia do Norte. Além de muitas rivalidades históricas, o torneio também terá uma estreante: a Eslováquia. Nos aspectos individuais, Dunga e Maradona tentam se juntar a Franz Beckenbauer e Zagallo, os únicos até hoje que levantaram o troféu tanto como jogadores quanto como treinadores.
Johanesburgo é conhecida como a Cidade do Ouro, e não poderia haver um cenário mais apropriado para o campeão mundial de 2010 erguer o resplandecente troféu da Copa do Mundo da FIFA. Mas antes do grande momento, no final da noite de 11 de julho, inúmeras histórias inesquecíveis ainda serão escritas.
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