Salve, Nação Azul!
Nesta quinta-feira enfrentamos a equipe do Botafogo, jogo pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, às 21:00 no Estado do Engenhão, no Rio de Janeiro. Esse jogo é cheio de tradição, Cruzeiro e Botafogo sempre fizeram bons jogos e, em confrontos pelo brasileirão, levamos vantagen, fora os empates, somamos 19 vitórioas contra 14 da equipe carioca. Na história dos controntos já haviamos feito 73 gols contra até então 54. Porém, apesar da vantagem numérica, havia 19 anos que não venciamos a equipe da estrela solitária no Rio de Janeiro. A última vitória havia sido no ano de 1993, um tabú a ser quebrado, porém, pelas partidas anteriores não esperavamos muito, mas...
Primeiro Tempo
No primeiro tempo, o Cruzeiro entrou com um esquema tático que desprivilegiava nosso meia Montillo, que jogou como atacante, não tendo assim grandes oportunidades, já que a bola não chegou até ele.
Mais uma vez nosso meio de campo se mostrou desorganizado, apesar de uma pressão inicial, o Cruzeiro mais uma vez deu espaço para o adversário, que começou uma pressão puxada pelos atacantes Vitor Junior e Herrera. Aos 5 minutos, Vitor Junior mandou na rede, mas pelo lado de fora. Aos 10, Herrera chutou para defesa de Fábio. Aos 20 minutos, em uma bola fácil pra área, o zagueiro Mateus e o goleiro Fábio erraram o lance e o goleiro teve que colocar a bola para escanteio. No cruzamento, Amaral balançou nossa própria rede e fez 1x0 para o Botafogo. Nesse momento, nós torcedores já diziamos "eu já vi esse filme", frequentemente por sinal. O Fogão continuou pressionando e o que vimos foi o já veterano Tinga correndo feito um menino para todos os lados do campo, enquanto os outros andavam e assistiam a partida.
Segundo tempo
O segundo tempo começou menos ruim, o Cruzeiro voltou com uma postura melhor, porém ainda ineficiente. O atacante Fabinho, recém-chegado do Guarani, entrou no lugar de Souza, que pouco apresentou no jogo, e o meia Montillo voltou para sua posição de armador do time. Quando os celestes já apresentavam melhoras e parecia que conseguiria o empate, Tinga perdeu uma bola no meio, Vitor Junior recebeu e lançou para Herrera entre os dois zageiros da Raposa. O atacante avançou sozinho e marcou aos 23 minutos 2x0 para o Botafogo. A partir dai, realmente não havia mais nada a se dizer. Aos 25, Fabinho mandou uma bola na trave para reacender as esperanças.
6 minutos de Cruzeiro!!!
O inacreditável, desculpem-me os mais fanáticos, mas do jeito que estavamos, não era de se esperar o que vem a seguir... depois de praticamente um ano de espera, eu pude mais uma vez ficar rouco e ver mesmo que por alguns minutos o manto azul ofuscar um adversário. Em dez minutos, a estrela solitária do Botafogo simplesmente sucumbiu a uma pressão espetacular empregada pela equipe cruzeirense. Parabéns a nosso treinador que fez mudanças precisas que desta vez surtiram efeito. Ele retirou o meia Tinga e colocou Everton e tirou Marcelo Oliveira e colocou Anselmo Ramon, e o Cruzeiro se mandou para o ataque. Aos 28 minutos, em uma cobrança de escanteio, a bola sobrou na pequena área para o zagueiro Mateus, que chutou e Anselmo Ramon desviou de cabeça fazendo o primeiro da Raposa, que continuou em cima e, dois minutos depois, Montillo rolou na direita para Anselmo Ramom, que mandou para a área, onde Everton cabeceou fazendo o gol de empate aos 30 minutos. A pressão era tremenda, a equipe do Botafogo não sabia o que fazer para conter a avalanche azul que caia sobre eles. E aos 33 o goleiro Fábio chutou para o meio de campo, Fabinho recebeu e puxou o contra-golpe, e deu um passe preciso para Montillo, que dentro da pequena área recebeu, avançou, passou pelo goleiro, que lhe derrubou, comentendo o penâlti. O até então desaparecido WP9, aos 34 minutos, cobrou e marcou o terceiro da Raposa. O gol da virada, o gol da quebra de tabús, o gol que mantêm a vantagem nos confrontos entre as equipes.
Eem um intervalo de 6 minutos entre o primeiro e o terceiro gol, nós cruzeirenses não podemos nos iludir, precisamos de mudanças e reforços, mas que lindo, que sensação boa, de deitar-me pra dormir e pensar, que bela vitória!!! Estamos juntos, sempre, Cruzeiro Querido, Forte e Campeão!!!
Grande abraço, e até a próxima, nação Azul!!!