Certos confrontos no Campeonato Brasileiro parecem estarem fadados à repetição sistemática de um determinado roteiro. Visitar o Náutico no Estádio dos Aflitos parece ser um deles. "O gramado é ruim", "a bola não corre" e "a torcida empurra o adversário" nunca saem de moda nos confrontos contra o Timbu em Recife.
Cumprindo o script, o Cruzeiro fez um jogo burocrático contra os pernambucanos e voltou com um 0x0 sem graça na bagagem. O setor ofensivo do selecionado azul foi inoperante e pouco incomodou a defesa alvi-rubra. Já a defesa celeste passou maus bocados com as investidas do ataque do Náutico comandado pelo experiente Araújo, velho conhecido da China Azul.
As principais novidades celeste foram as estreias, ainda tímidas, do volante William Magrão e do meia Tinga. Embora tenham apresentado algum alento, os reforços precisam adquirir entrosamento com o grupo para melhorar, de fato, o composto azul. O goleiro Fábio, embora detentor de muito crédito junto à torcida, também apresentou algo novo ao ter a bola recuada e quase entregar o ouro ao bandido.
De velho, os velho problemas. Wellington Paulista mais uma vez provou ser jogador para Campeonato Mineiro e não apareceu. O que alivia a sua barra foi o fato do técnico Celso Roth ter deixado-o bastante isolado, com apenas Montillo tentando chegar para auxiliá-lo. Diego Renan também deu fartas mostras de toda a sua limitação para vestir o manto sagrado!
Agora, o Campeonato Brasileiro faz uma pausa para os jogos amistosos da Seleção Brasileira e retorna no dia 7 de Junho, quando a Raposa sai novamente para pegar o Botafogo, até então líder da competição, no Estádio do Engenhão. A expectativa é que esse tempo para treinamento possa ser de muita valia para que o técnico Celso Roth consiga ajustar a equipe.