Tradicionalmente a profissão de Assistente Social está associada à caridade e a atuação de mulheres, porém isso vem sendo desmistificado com a atuação de homens além da institucionalização da assistência social na Constituição Federal de 1988, consolidada com a regulamentação da lei 8.742 de 7/12/93 (Lei Orgânica de Assistência Social-LOAS).
Erroneamente, alguns leigos costumam confundir a profissão de Assistente Social com assistencialismo, práticas clientelistas ou eleitoreiras. Essas ações na realidade, configuram-se como doações e que não raro exigem algo em troca, ou seja, são o oposto da política de assistência social, que é um dever do Estado e um direito de cada cidadão que dela necessita.
Para o exercício da profissão é necessário a conclusão do curso de Serviço Social em uma instituição devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), além da inscrição do profissional no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), órgão responsável pela fiscalização quanto ao cumprimento dos deveres do profissional de Serviço Social, o qual deve pautar suas ações no Código de Ética do Assistente Social.
A atuação do profissional dá-se em instituições públicas, privadas e organizações não governamentais (ONGs), dentro dessas pode-se destacar as áreas de saúde, educação, habitação, previdência, além de programas e projetos voltados para crianças , adolescentes, idosos, dentre outros.
O assistente social é um mediador entre o cidadão e as políticas públicas e, para tal, deve se pautar na ética condizente com os preceitos da democracia e liberdade, respeitando sempre a singularidade de cada indivíduo.
Em seu cotidiano, o assistente social sempre busca formas de aperfeiçoar e desenvolver suas potencialidades para atender demandas em constante mutação. É necessário também se despir de juízo de valores levando em conta a realidade de cada cidadão, sua vivência, suas dificuldades e possibilidades de intervenção, entendendo sempre que o outro é sujeito de direito que deve ser compreendido e principalmente respeitado.
Sendo assim, Serviço Social não deve ser confundido com caridade, deve ser tratado como o que representa, ou seja, uma política que necessita de planejamento para superação de injustiças e isso requer, além da qualificação profissional, a participação política tanto do Estado quanto da sociedade como um todo.