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Cultura

Entidade centenária que representa a luta e resistência do povo negro, sofre com descaso da Prefeitura de Neves


O dia 20 de Novembro ganha destaque como uma oportunidade para a sociedade refletir sobre as raízes históricas afrodescendentes e os desafios impostos pelo racismo no cotidiano. Enquanto alguns celebram a data, outros destacam questões mais complexas relacionadas ao tema.


Neste dia, o Quilombo de Justinópolis reitera sua batalha contínua com a prefeitura municipal, uma luta que se prolonga por anos sem solução. A comunidade enfrenta a proibição de realizar suas celebrações e outras atividades dentro da capela de Nossa Senhora do Rosário devido a problemas recorrentes no teto da igreja.


Em 2017, o desabamento do teto durante uma forte chuva levou à interdição do local pela defesa civil. Desde então, inúmeras tentativas junto ao Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e à prefeitura foram feitas. Em 2018, iniciou-se um processo de manutenção no teto, porém, a reforma do telhado não foi conduzida adequadamente, resultando em um novo desabamento em 2022. Após nova notificação, a prefeitura refez o teto em gesso, mas a manutenção inadequada do telhado persiste, colocando a comunidade em risco iminente. Até o momento, a prefeitura não forneceu respostas nem previsões para os necessários reparos.


O Capitão Dirceu Ferreira destaca que desde 2017 apenas uma festa foi possível realizar dentro da capela, representando uma significativa perda para a comunidade. “Na semana da festa em 2017, houve uma chuva e a defesa civil lacrou a igreja, desde então estamos lutando para retomar nossa festa”, ressalta.


O Quilombo de Justinópolis, reconhecido pelo governo federal desde 2016, possui a Festa de Nossa Senhora do Rosário registrada como patrimônio cultural imaterial desde 2013, tornando o investimento, por parte da prefeitura, obrigatório na preservação deste local histórico.


Dirceu salienta a existência do recurso do Fundo do Patrimônio Histórico no município, destinado precisamente a tais atividades, porém, esse recurso nunca chegou à comunidade. Isso inclui até mesmo a falta de verba para a divulgação da festa, evidenciando um descaso por parte do poder público municipal. “O Conselho do Patrimônio já aprovou a realização da obra, o recurso já existe, mas a Prefeitura está protelando a obra”, lembra Ferreira.


Sobre os quilombos:


De acordo com o site Mundo Educação, os quilombos eram comunidades formadas no Brasil durante o período colonial por africanos escravizados e/ou seus descendentes. Esses locais eram entendidos como espaços de resistência, onde escravos fugidos buscavam uma vida em liberdade, estabelecendo laços comerciais com moradores próximos e reconstruindo um estilo de vida semelhante ao que tinham na África.


Embora os quilombos atuais sejam formados por descendentes de escravos quilombolas, que buscam manter tradições e culturas vivas, a luta por acesso à terra e a busca por um estilo de vida sustentável continuam.


Mais antigo que a própria cidade, o Quilombo de Justinópolis, faz parte dos 70 anos de emancipação política e administrativa de Ribeirão das Neves, resistindo e enfrentando o preconceito, desde o tempo em que o local se chamava Campanhã.

 

A Prefeitura através de nota, confira a íntegra:

"Em 2021, quando a irmandade Nossa Senhora do Rosário sofreu com a queda do telhado da igreja, recebemos a solicitação de ajuda. A secretaria de Esporte e Cultura de Ribeirão das Neves se mobilizou para atender a solicitação.


Sendo assim, abrimos uma licitação para a obra, considerando as necessidades e avarias do prédio, e a obra foi iniciada em 2021 e concluída em 2022, seguindo o cronograma estabelecido na licitação e sempre acompanhada pelos técnicos da secretaria e pela irmandade.


Com a obra concluída, os responsáveis pela irmandade receberam um manual com instruções de manutenção para preservar a obra.

Infelizmente, por falta de manutenção e o alto volume de chuvas, o prédio voltou a apresentar problemas.


É importante ressaltar que mesmo não sendo de responsabilidade da nossa secretaria essa manutenção, nossas portas sempre estiveram abertas e nossa equipe disposta a ajudar.

Tanto que abrimos um pedido de fiscalização que foi constatado que os problemas surgiram por falta de manutenção. Inclusive, todos esses documentos estão nesta pasta e podem ser consultados por quem desejar.


Mas como nosso objetivo sempre será preservar o nosso patrimônio cultural, nossa equipe mais uma vez se mobilizou e conseguiu com que a empresa, (que já não tinha obrigações com a gente, uma vez que entregou o que se propôs), se prontificasse para atender as necessidades da irmandade, o que já está programado para iniciar na proxima semana. Inclusive alinhado com a irmandade.


Sobre a Festa, em todos os momentos, estivemos e estamos disponíveis para atender. Mesmo porque também é do nosso interesse que a festa aconteça da melhor forma possível, considerando que essa é uma manifestação cultural que nos ajuda a contar a história do nosso município.


Mas, a marca do nosso governo é a responsabilidade com a administração pública e é exatamente essa característica que nos fez ir tão longe.


Estamos com o processo administrativo aberto, seguindo as diretrizes das legislações vigentes. O que precisamos agora é que o presidente da irmandade Nossa Senhora do Rosário preencha e assine da forma que é determinada por lei, para que assim, possamos seguir com o processo.


Esclarecido o ocorrido, volto a ressaltar que a Irmandade Nossa Senhora do Rosário é um Patrimônio cultural para nossa cidade e que nossa secretaria e equipe, seguem de portas abertas e disponíveis para ajudar e orientar no que for preciso. Queremos celebrar essa festa. E que a Irmandade continue nos ajudando a escrever a história da nossa cidade.

Somos de Ribeirão das Neves, amamos Ribeirão das Neves e vamos continuar trabalhando para todos!

Segue complemento da resposta anterior:

Referente a situação atual da reforma da igreja da comunidade Nossa Senhora do Rosário, na semana passada, a empresa concluiu a limpeza, manutenção e troca das calha e aguardou até a próxima chuva, que no caso ocorreu na noite de ontem, 19/11, para ter certeza que foram sanadas as infiltrações. Agora o próximo passo é a troca do gesso, inclusive as placas já foram encomendadas.
Quanto ao repasse do recurso do fundo, a secretaria segue aguardando as documentações que são exigidas, conforme determinação por lei. A secretaria já oficializou o pedido e os responsáveis pela irmandade, já estão cientes.


Atenciosamente;
Assessoria de Comunicação."

Matéria atualizada no dia 20/11/2023 às 19h57

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No próximo sábado, dia 16 de setembro, a partir das 18h, será realizada uma celebração da cultura Hip Hop em Ribeirão das Neves, no Brother’s Espeto Beer, localizado na Rua Andarai, 135, B. Botafogo, em Justinópolis, Ribeirão das Neves.

A primeira manifestação que marca o início da cultura Hip Hop em todo o mundo data de 11 de agosto de 1973 e tratou-se de uma festa, organizada pelo Dj Kool Herc e Cindy Campbell, no Bronx, em Nova Iorque. De lá pra cá, a cultura se espalhou pelo mundo e também aqui, no Brasil.


A capital mineira representa um dos grandes polos da cultura Hip Hop no país, e Ribeirão das Neves, tem protagonismo nessa história. E é justamente celebrando o protagonismo de artistas da cidade que contribuíram e seguem contribuindo para o fortalecimento e a difusão da cultura Hip Hop que a celebração no Brother’s acontecerá.

Com entrada gratuita e ocupando a rua do estabelecimento, a programação dessa grande festa contará com a presença dos cinco elementos da cultura Hip Hop: DJs, Break, Rap, Graffiti e conhecimento.

Confirmam presença grandes nomes do Hip Hop nevense das décadas de 90/2000, como Dj Dadão, Nunga, e o próprio dono do bar que abrigará a festa, Sal, que foi bboy e oficineiro de break há décadas atrás. A nova geração também se fará presente, com nomes como B.P.O e Saluki, a mestra de cerimônias Meduzza, representantes das batalhas de rap que hoje existem na cidade, o Coletivo Balaio, entre outros que compõe a programação. Além de apresentações e intervenções culturais, a celebração contará com certificados de contribuição à cultura Hip Hop em Ribeirão das Neves a serem entregues a pessoas, grupo e iniciativas que foram indicadas para receber a homenagem por meio de uma postagem no Instagram dos organizadores do evento, e que serão selecionadas por essa equipe.

A festa terá início às 18h e contará também com outras expressões culturais urbanas, como o skate e a poesia falada. Parte da organização do evento e membros do Coletivo Balaio, Bruno Sharp e Marcela Menezes falam sobre a importância do evento: “É importante porque não passa batido, em branco. A data serve pra gente se reagrupar enquanto movimento e conectar gerações”, afirma Sharp.

“Sem pretensão de abarcar toda a complexidade da cultura Hip Hop em Ribeirão das Neves, essa festa ousa demarcar na história do Hip Hop mineiro que Ribeirão das Neves contribuiu e contribui para o fortalecimento dessa cultura que movimenta tanta gente Brasil afora. Ainda, retoma que é a partir das periferias que surge o Hip Hop e são nelas que essa cultura se desenvolve e salva vidas”, diz Marcela.

Instagram dos organizadores:
@coletivo.balaio
@_batalhadocoreto_
@brothersbeb
Contato: Marcela Menezes 31 99999-6539

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Grupo de dança mineiro, que faz temporada de "Gil" e "Breu" a partir desta quarta (30/8) em BH, renovou seu elenco e contratou oito novos bailarinos desde 2022

A primeira vez que Vitória Lopes assistiu ao Grupo Corpo foi em 2015, quando a companhia comemorou seus 40 anos, no Palácio das Artes, com o espetáculo "Dança sinfônica". Guardou o panfleto da montagem na carteira e disse: "Um dia eu vou entrar lá". Tinha 14 anos.
Desde janeiro passado, ela é uma das bailarinas da companhia. A noite desta quarta (30/8) teve uma importância extra para a mineira, já que ela vai estrear com o Corpo no Palácio das Artes.

Em entrevista para o Jornal Estado de Minas, Vitória Lopes ressalta as dificuldades para entrar na companhia:
"Para a maioria dos bailarinos de BH, o Corpo é o sonho e o objetivo de quem quer ser profissional", diz Vitória. Mas, até retornar para casa, para viver sua maior aventura na dança, ela trabalhou em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nesta última cidade, como integrante da companhia Deborah Colker. "Você pode ser o bailarino mais foda que puder, quando você chega aqui tem dificuldade. O estilo do Corpo ninguém mais faz, a movimentação é muito diferente, tem um rebolado, um gingado, que não encontra em outro lugar. Depois da dificuldade do início, você vai se sentindo mais confortável. E todo mundo te abraça, não tem nenhum tipo de competitividade."

Com cinco noites – de quarta a domingo (27/8) –, o Corpo apresenta os espetáculos "Gil refazendo" (2022), com trilha de Gilberto Gil, e "Breu" (2007), com música de Lenine.
Não são espetáculos inéditos do grupo, mas terão muito frescor em cena. O Corpo conta hoje com 22 bailarinos – oito deles entraram para a companhia no último ano.
Espetáculos "Gil refazendo" e "Breu". Temporada desta quarta (30/8) a sábado (2/9), às 20h, e domingo (3/9), às 18h, no Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Ingressos: Plateia 1 central - R$ 220 e R$ 110 (meia); Plateia 2 central - R$ 200 e R$ 100 (meia); Plateias 1 e 2 lateral - R$ 160 e R$ 80 (meia); Plateia superior filas A, B e C - R$ 100 e R$ 50 (meia); Plateia superior filas D a J - R$ 40 e R$ 20 (meia). À venda na bilheteria e no eventim.com.br

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