Neste texto, vamos falar sobre o nosso entendimento do porquê dos políticos conseguirem chegar ao ponto que chegaram, com esta corrupção desenfreada, onde só se fala em milhões e milhões de desvios de dinheiro do poder público, portanto, meu, seu, nosso dinheiro.
Em primeiro lugar, eles agradecem a nós eleitores. Pois mesmo conhecendo todo o regresso sujo destes delinquentes, nós insistimos em reelegê-los. E sabem o que temos conseguido reelegendo esta facção política, apenas viciá-los no poder. Quanto mais tempo eles permanecem, mais se qualificam na forma de corromper, mais familiarizados ficam com os órgãos que deveriam fiscalizá-los.
A nossa parcela de culpa está exatamente em perpetuá-los no poder. Quanto ao ato da corrupção, é reponsabilidade deles, mas ainda assim, somos corresponsáveis. Não podemos reeleger nem irmão, se quisermos mudar este cenário.
E você que inadvertidamente, acompanha o político, em troca de cargos, mesmo sabendo da existência de todas estas falcatruas, às vezes até compactuando, saiba... você é tão corrupto quanto ele. Em troca deste malefício particular, você corrompe seus familiares, dá mal exemplo para seus filhos, e contribui negativamente com o coletivo. Geralmente ocupa cargos, quase sempre sem nenhuma qualificação para tal, fazendo com pessoas de grande conhecimento e experiência da área, sejam sujeitos a receber instruções e ordens de quem não tem o mínimo domínio, e recebendo salários muito maiores. Com isso acontece a desmotivação natural do servidor de carreira, que desestimulado, deixa de prestar um atendimento de qualidade. Estes servidores sofrem isso a cada troca de mandato. Quando finalmente parece haver uma harmonia entre as partes, e o servidor de carreira começa a trabalhar em paz, é porque este indicado passará a não se fazer presente em seu setor, pois estará a serviço de nova campanha para reeleição do seu padrinho político, com o agravante de estar sendo pago com o dinheiro do povo. Este fato é corriqueiro no país.
Podemos afirmar, que do dinheiro arrecadado para os cofres públicos, aproximadamente 40% são gastos para manter estes correligionários.
É só você verificar as pastas ocupadas nos órgãos governamentais, que você verá... Secretarias ocupadas por um ex-prefeito não eleito de algum município. Secretarias ocupadas por ex-deputados não eleitos de algum estado. Secretarias e tantos outros cargos, ocupados por um parente ou alguém próximo de algum prefeito ou deputado eleito de algum município.
Com certeza, no município de quem me lê, tem exemplos de alguns políticos, que perderam seus cargos eletivos, e estão ocupando pastas em alguma secretaria até hoje, não só eles, como também pessoas próximas e parentes.
Por isso não temos saúde, por isso não temos educação, por isso não temos transportes, por isso não temos segurança, por isso não se faz estradas.
Nenhum equipamento público, funciona a contento, (exceção para os setores de arrecadação) estes sim, são afinadíssimos.
Por isso querem culpar a previdência, pelo desastre financeiro em que estamos passando. Para o político, somos nós quem oneramos as contas públicas. Nos discursos “deles”, a dívida é nossa, nós é que teremos de pagar.
Mas em nosso entendimento, não está em tudo que dissemos até agora, o maior problema da corrupção. Entendemos que, o que culmina em todas estas roubalheiras, está na relação de amor entre os poderes. Os órgãos fiscalizadores e os órgãos fiscalizados, se beijam na boca. São íntimos.
Os órgãos fiscalizadores, que são as Câmaras Municipais, Estaduais, Congresso Nacional, Senado, Promotorias, Tribunal de contas, apesar dos altos salários e dos infindáveis benefícios, são agraciados pelos fiscalizados(?) para não verem, para não enxergarem.
Em seus encontros festivos e particulares, em festas sempre regadas a whiskies, vinhos caríssimos e tantas outras guloseimas que estão longe do alcance dos normais, participam pessoas de todos os seguimentos acima descritos. (Haja dinheiro).
São exatamente nestes encontros, que tudo é articulado. Estes convidados são minuciosamente estudados e escolhidos, e vêm de todos seguimentos. A mídia noticia a todo momento, o envolvimento de delegados, coronéis, Juízes, promotores, pessoas ligadas ao Tribunal de contas entre outros, e claro, a cúpula política. São nestes encontros que nós eleitores somos taxados de "MANÉS". É assim que eles nos enxergam.
É obvio que se não houvesse conivência destes órgãos fiscalizadores, que repito, obtêm altos salários e infindáveis benefícios para o exercício da função, não haveria a abertura para se chegar onde se chegou o tamanho dos desvios a todo momento noticiado nas mídias. É claro que se fiscalizassem, conforme se deveria, impediria com certeza todas estas “maracutaias”. E o que mais nos deixa boquiabertos, é as contas terem sido sempre aprovadas nos respectivos Tribunais de Contas, mesmo diante destas constatações. É demonstração nítida do corporativismo existente.
Está bem claro, que a maior culpa de tanta corrupção, está principalmente nos órgãos que DEVERIAM FISCALIZAR, E NÃO FISCALIZAM, como também compactuam com toda esta parafernália da corrupção.
Portanto, nosso papel na próxima eleição é exatamente o de enfraquecer este cartel. Não deveremos e não podemos reeleger nenhum candidato.
Com isto, esta relação de amor entre os poderes se enfraquecerá, o vício político diminuirá, e o coronelismo do mal vai aos poucos sendo extinto.
Se nossa ferramenta é o voto, então vamos usá-lo. Vamos tentar a renovação. Aposte no novo, NÃO REELEJA.
D I C A - VOTOS VÁLIDOS
Atualmente, vigora no pleito eleitoral o princípio da maioria absoluta de votos válidos, conforme a Constituição Federal e a Lei das Eleições. Este princípio considera apenas os votos válidos, que são os votos nominais e os de legenda, para os cálculos eleitorais, desconsiderando os votos em branco e os nulos.
A contagem dos votos de uma eleição está prevista na Constituição Federal de 1988 que diz: "é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos". Ou seja, os votos em branco e os nulos simplesmente não são contados.
Por isso, apesar do mito, mesmo quando mais da metade dos votos forem nulos, não é possível cancelar uma eleição. MAS DARÁ O RECADO!
Caso na lista de candidatos, não haja ninguém a altura para representá-lo. Digite 00 depois CONFIRMA. ANULE SEM DÓ!