Existem em todos nós seres humanos, uma necessidade latente que nos tem impulsionado através dos séculos. Essa necessidade é “conhecer”. Lembremos que conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que busca conhecimento e o objeto ou fenômeno que ele quer conhecer. Conhecer, portanto, pressupõe envolvimento, conexão, e será ainda mais prazeroso se utilizar um pouco de paixão. Cada geração recebe da anterior, os conhecimentos adquiridos, bem como os resultados conseguidos com as atividades intelectuais e existenciais; a experiência. Assim “naturalmente cavador de respostas, o homem nega-se quando se acomoda à rotina de uma ciência já desenvolvida. (...) Nenhuma geração pode dar-se por satisfeita com um mundo de segunda mão...”. Encontrar respostas para novas questões, ou soluções para aquelas que vêm desenvolvendo-se é um convite aos homens e mulheres que trazem consigo a curiosidade, a vontade de desvendar objetos, teorias, campos, disciplinas, áreas. Tal convite leva muitas vezes à pesquisa. E é através dela que, realmente conseguem-se avanços em todas as áreas, inclusive na área da liderança. Eu tenho lido artigos e revistas cientificas que fazem várias citações sobre liderança, e tenho observado que diversos modelos de lideranças são utilizados, diversos conceitos sendo difundidos, e fica uma dúvida: qual a visão, idealização ou conceito de liderança e gerencia que se tem utilizado, uma vez que em quase todos os artigos que leio, os autores afirmam que as idéias são tomadas emprestadas, ou até roubadas. Conforme (James C. Hunter, 1998 em “O Monge e o Executivo”) “As idéias que defendo não são minhas. Eu as tomei emprestadas de Sócrates, roubei-as de Chesterfield, furtei-as de Jesus”. Entendo então, que para liderar e colher bons resultados, temos que usar nossas habilidades e características, e assimilar com a herança que nossos antecessores nos deixam, que é a “experiência”. E quanto ao modelo de liderança a ser utilizado, vai depender da visão de cada um, do tipo de negocio e das experiências pesquisadas que mais se adapta e acredita. Vejo, porém, que uma coisa é comum a qualquer modelo de liderança. Só a força de vontade de vencer, progredir não basta. Como lideres devemos reconhecer primeiro que não trabalhamos com dinheiro, embora seja ele o meio; não trabalhamos com ferramentas de aço, plástico, ou qualquer outro material; e nem com situações abstratas. Como lideres temos o dever e a responsabilidade de trabalhar com pessoas, e isso requer diretamente a função gerência. O que quer dizer que, então não lideramos pessoas e gerenciamos, mas sim gerenciamos as pessoas e lideramos equipes. Liderar é um desafio contínuo e continuado, é fazer com que as pessoas estejam a seu lado, cresçam, amadureçam e conquistem. A lição que tiro destas pesquisas, é que devemos muitas vezes repensar o que temos. Digo que se nossas idéias não são nossas, mas são idéias inspiradas e aprendidas de grandes pensadores que fizeram ou estão fazendo acontecer, temos que aprender a pensar grande, ser grande, fazer como os grandes, estar no meio dos grandes, mas sem nunca perder a humildade e a gentileza com os pequenos.