Gostaria de viver em uma Ribeirão das Neves em que não fossemos dirigidos pelo capricho de alguns, mas, num movimento estabelecido pela soma de todos.
Mas para que tudo isso ocorra, o município precisa de POVO.
Mas, notadamente, Neves carece de POVO, pois o que há são MORADORES que aqui se estabeleceram, mas não trouxeram consigo o que mais importa para se fazer com que uma sociedade se torne desenvolvida com qualidade e igualdade.
– O sentimento de pertencimento.
Sem este sentimento, parece que nada ao nosso redor nos diz respeito. Uma vez que as necessidades básicas são mais prementes, cada um cuida da sua individualidade, omisso aos caprichos da minoria, que têm alto conhecimento dessa realidade e com isto vão se fortalecendo e nos conduzindo de forma a nos ENCANTAR com suas falas e encartes, mas nem sempre de nos CONVENCER com suas atitudes.
Sofro em viver e conviver em uma comunidade, que como eu, cega, e marcada pela impossibilidade de enxergar em seu entorno. Uma sociedade em que o sofrimento nos impossibilita de participar da verdadeira existência de uma cidade que almeja o progresso, o desenvolvimento, a qualidade de vida.
Sou repetitivo em dizer que nenhuma cidade ou local se desenvolve sem antes investir no desenvolvimento das pessoas.
Acredito na mobilidade e na flexibilidade como forma de nos aproximar e nos amarrar em nossos anseios. Como acredito também estar nos jovens, que acompanho com muita alegria se figurando nas redes sociais, como transformadores de ideias e atitudes, a chance da verdadeira mudança.
A Ribeirão das Neves antiga só poderá se transformar em uma cidade jovem e para os jovens quando puder ser transformada, transferida para situações do seu interesse.
O adulto está esgotado, mas tem algo muito importante, a experiência.
Já o jovem possui a vivacidade, a força transformadora como elemento mobilizador da vida. O jovem precisa do mais velho para muitas vertentes, não para simplesmente repetí-lo, mas para ultrapassá-lo, para romper. Só assim o passado será útil.
Esses jovens que acompanho com muito interesse nas redes sociais precisam cuidar para não reeditarem simplesmente o passado. Precisam se reinventar.
Este sonho de ver o nosso município desenvolvido em sua plenitude, abrangendo política, cultura, lazer, saúde, educação, mobilidade urbana, esporte, transparência, etc., independe do lugar onde vivemos e da posição desse lugar numa classificação financeira. A luta terá de ser movida pela força do sonho, força que nos amarra, nos aproxima, nos enlaça e nos torna iguais. Não deverá haver distancia entre os precursores e os seguidores, neste caso todos somos um só. Não há NÓS sem EUs.