Indignação

Mais uma vez recorro à este site, pois ele oportuniza a nós cidadãos, que de maneira obstinada e incansável, num esforço continuo tenta externar suas angústias, insatisfações, indignações, revoltas entre tantos outros adjetivos pertinentes. Em muitas matérias que leio alguém defender ou discordar, vejo-me representado através das colocações.

Baseado no exposto ouso usufruir deste conceituado espaço, para externar um sentimento que é de toda a população de Ribeirão das Neves.

Milito na área de “Trabalho, Emprego e Geração de Rendas” no município sempre na luta em trazer para cá, novos parceiros que possam gerar o exposto acima, seja na área da Indústria, comércio ou serviços.

Ocorre que temos enfrentado algumas dificuldades, pois embora estejamos numa posição geográfica super privilegiada, encontramo-nos ilhados, pois não há acessibilidade condizente para recebimento de matéria prima e escoamento de produção. As duas possibilidades existentes; passar pela centralidade que dá acesso para BR-040, mas que não pode transitar veículos longos ou carretas, ou passar pela rodovia que passa por Justinópolis, hoje lenta intransitável, sem acostamentos, faixa dupla em toda sua extensão e foco principal de nossa carta.

Temos tentado buscar parceiros através de alguns incentivos fiscais permitidos por lei, como ferramenta incentivadora, mas sempre que recebemos as avaliações dos técnicos das empresas, há o indeferimento devido à falta de acessibilidade para escoamento de produção e recebimento de matéria prima o que inviabiliza o investimento.

A nossa salvação seria a duplicação da rodovia que liga NEVES/JUSTINÓPOLIS, que por motivos políticos, (única explicação) depois de palanque para anunciar o inicio das obras, licitação concluída, piquetes já batidos e até trechos já iniciados, a obra foi paralisada. Mas o pior é que apesar da rodovia já ser intransitável por excesso de veículos, não haver acostamentos, o transito ser extremamente lento, não haver segurança para os transeuntes, sobre tudo a noite, optaram pelo paliativo financeiro, e colocaram redutores de 40 km/h em sua extensão, com o argumento de que reduzirá acidentes.

Prometeram-nos em palanques, e na mídia, a duplicação. Porém; nos entregaram redutores, perigo e insegurança, pois pasmem; os redutores estão colocados em descidas de curvas sinuosas, de pouca visibilidade à frente, escura e deserta à noite, ferramenta adequada para assaltantes, pois com certeza não haverá efetivo da PM fazendo guarda, pois isto para eles representa custo desnecessário.

Se acontecer alguma tragédia, e vai acontecer com certeza, duvido que o pai desta idéia apareça.

As inaugurações têm sempre um dono, as conseqüências delas nunca.

Sabemos que o problema não é “dinheiro” é vontade política. Tanto que para os presídios, não há pessoal do meio ambiente, Florestal, licitação, ou qualquer outro órgão que impeça a conclusão da obra. O político querendo, a obra sai. O ultimo ficou pronto num semestre.

Estamos a dois anos lutando para implantar um SENAI aqui. Em lugar nenhum há recursos disponíveis. Já para reforma de estádios que dá visibilidade e repercussão, a “GRANA” aparece. Por isto temos que nos indignar.