Há um tempo sem escrever para este conceituado espaço, tomado que estou de outras ocupações, resolvi aproveitar este oportuno feriado, para falar um pouco de um trabalho desenvolvido no município através do SINE (Sistema Nacional de Emprego). Não vou falar nesta oportunidade das ações desenvolvidas pelo SINE, pois isto seria informação que não é a proposta deste espaço. Falarei da estratégia que foi explorada para se obter em 2009 um crescimento de 545% em números de colocados no mercado de trabalho, se comparado com o mesmo período de janeiro a abril de 2008.
Vimos que para se atingir melhores resultados no setor, teríamos de seguir o “pensamento estratégico”. Deveríamos explorar uma visão conceitual, mas com viés pragmático, de que o pensamento estratégico é a capacidade da organização de atuar de forma integrada criando um “caminho” (estratégia) para se antecipar as necessidades do seguimento. “no nosso caso: Empregador/Trabalhador”.
Este caminho não pode ser concebido em gabinetes ou em reuniões anuais em locais deslumbrantes. Trata-se de uma prática cotidiana, calcada no intenso convívio e na exposição da organização – especialmente de sua equipe de colaboradores – ao ambiente externo, visando desenvolver soluções voltadas para as necessidades dos usuários “Empregador/Trabalhador”.
Baseando nesse conceito, vimos que para praticar efetivamente o pensamento estratégico, teríamos de mudar o comportamento de nossos principais colaboradores, implantando três características básicas:
1) Ter a capacidade de olhar continuamente para o ambiente externo (usuário), ou seja, visionar o futuro. Fizemos com que todos os colaboradores participassem da análise/planejamento que viabilizassem a implementação e o acompanhamento das estratégias, com dedicação de parte considerável do tempo na formulação das metas a curto, médio e longo prazos. Estar com o olhar sempre voltado para o mercado, para identificar demandas de potenciais clientes, para garantir o desenvolvimento das competências distintas que permitissem a entrega e uma proposta de valor única
2) Instalamos um modelo de gestão capaz de desenvolver equipes, fazendo aflorar talentos e formatando processos internos que permitissem a organização funcionar “sem sustos”, minimizando o tempo dedicado pelos seus colaboradores para “apagar incêndios” com conseqüente impacto no planejamento e nos resultados das ações.
3) Por fim, tivemos de nos fazer capazes de gerar resultados para nossos intervenientes, demonstrando como andavam os resultados e quais as tendências para o futuro.
Para conseguirmos que nossa organização praticasse este “pensamento estratégico” em sua plenitude, tivemos que manter – como base sólida – a equipe de colaboradores informada de como funciona, a dedicar boa parcela do tempo a assuntos estratégicos, como o desenvolvimento de novos negócios, alianças, parcerias e vantagens competitivas.
Teremos incansavelmente que buscar dentro da organização novos talentos, novas pessoas, buscando o desenvolvimento destas, para garantir a sucessão no processo de gestão, exercendo um verdadeiro papel de “coach”, tirar férias e saber que tudo vai continuar funcionando bem, mesmo com nossa ausência.
É importante ressaltar, que quando se aplica o pensamento estratégico, você não precisa marcar presença no local de 7 da manhã as 9 da noite todos os dias do ano, nem atuar como um “dirigente bombeiro”. Como principal gestor da organização, o que a gente precisa é inovar e dedicar pelo menos 70% de seu tempo ao planejamento e outros assuntos estratégicos. Também deve-se garantir espaço para que outras pessoas mostrem seu talento no quotidiano da gestão operacional. Isto é positivo e produtivo tanto para você gestor como para a organização. A tendência é todos ganharem com isto.
Pensamento Estratégico
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Walter Menezes -