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Maestro do Futebol

Eu ainda não tinha muito interesse pelo futebol, quando Cruyff atingiu o apogeu, sendo aclamado pela imprensa e, grandemente festejado pelos amantes do futebol, entretanto, tive a curiosidade em conhecer o jogador que chamavam de gênio. Rapaz magro, cabeludo, 26 anos e que regia uma orquestra afinada: a seleção Holandesa também chamada de carrossel.

As matérias jornalísticas falavam que Cruyff não podia ser rotulado de atacante, de meia ou de volante, pois ele era tudo isso e um pouco mais. Era sempre onipresente nas ações ofensivas, fazia passes certeiros e perfeito nas finalizações, além de exercer em campo uma liderança exemplar.

Assim, tomei conhecimento desse jogador professor. Sim, Cruyff ensinou um estilo revolucionário – um jogo em que a ocupação de espaços era total. O Ajax e a seleção Holandesa jogavam assim.  Adversários sendo cercados por cinco, seis, sete jogadores. Esta visão inovadora ele levou para sua vida de treinador.

Cruyff, também chamado de holandês voador, foi maestro de uma das mais lendárias seleções de todos os tempos: A Holanda de 1974, que, em alusão ao filme do cineasta Stanley Kubrik, foi apelidada de "Laranja Mecânica". Vale lembrar que a Holanda deixou um legado que inspira até hoje times como o Barcelona e o Bayern de Monique.

Cruyff partiu dia 24 de março, aos 68 anos, numa batalha perdida para um câncer de pulmão, e a comoção tomou conta do mundo. Os principais jornais do planeta estamparam manchetes expressando o peso da sua perda para o esporte. Para o L'Equipe, respeitado diário francês, Johan Cruyff era como os Beatles ou Rolling Stones, o que vale dizer, um superstar de sua era, um artista dos gramados. O holandês Telegraf mostrou vizinhos do bairro onde ele cresceu em Amsterdã e, onde nas peladas de rua, já mostrava talento, ficando conhecido como “Jopie.” O Olé, principal jornal esportivo da Argentina, escreveu: "Muito Obrigado Cruyff", simplificando de maneira criativa a importância dele para o futebol mundial e, principalmente, o vazio que deixa a sua morte, ficando a certeza que Cruyff é um dos maiores da  história do mundo futebolístico, uma lenda.

O certo é que a forma de como Cruyff foi reverenciado, é apenas parte da amostra do que ele representava para o esporte. Jogador com visão moderna, de passes rápidos e precisos,  talento de sobra e  fome de gol. Não tinha só técnica, mas também futebol arte, ou seja, o futebol em sua mais pura essência: a incessante busca pelo gol. Jogador que impactou o mundo como só os grandes o faz: Pelé, Garrincha, Nádia Comaneci …

Para quem não viu Cruyff jogar ou ainda para os nostálgicos do bom futebol, o conhecimento e a saudade podem ser alimentadas através de vídeos, reportagem e biografias desse que foi um magnífico maestro: Johan Cruyff.

 

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