O que esperamos de alguém? Principalmente quando ainda não o(a) conhecemos?
Difícil responder? Talvez não seja.
Estamos vivendo em uma época indiscutivelmente individualista, onde a maioria corre por si mesmo, preocupados com suas próprias conquistas, com seus próprios interesses. A nossa preocupação tem sido com o futuro, trazendo à existência o que ainda não aconteceu. Tentamos alterar o curso natural da vida. Valorizamos muito mais as posses, patrimônio, riqueza, atribuições, status. E deixamos de lado algo muito mais precioso: o amor ao próximo.
Tudo isso só acontece porque permitimos que o medo, a solidão, a ingratidão e o egoísmo, tomem o lugar dos sentimentos compassivos que outrora habitava em nossas vidas.
Quero dizer apenas o que percebo e tem me incomodado. Pois não estou interessado em discutir o humanismo ou sociologia ou outra ciência que coloque o homem (ou o comportamento humano) como o centro de tudo, pois entraria numa discussão que não atingiria o objetivo que estou propondo. O que interessa é que possamos refletir as nossas ações, repensar nossas atitudes, conviver melhor e contribuir para uma sociedade mais justa.
Pois assim como um atleta que se torna vitorioso, a sua conquista não é maior que a de uma equipe. A diferença está exatamente na celebração, na vibração, em saber que um contribuiu com o outro para que todos alcancem o mesmo objetivo. Sem menosprezar a conquista indivídual (é claro), pois também há esforço, dedicação, empenho. Mas com absoluta certeza, alguém que contribui com este atleta para que ele alcance o objetivo, mesmo que esse alguém seja anônimo. Da mesma forma devemos ser nós. Mesmo que o nosso papel tenha de ser anônimo, alguém deverá obter uma vitória. Seja ela em um simples sorriso, um fraterno abraço, talvez sejam palavras, ou mesmo algo material, talvez seja afeto, carinho, compaixão ou mesmo o mais importante: o Amor. Deseje e faça alguém se sentir amado.