Seis pessoas foram presas suspeitas de falsificar 40 toneladas do sabão em pó Omo. Elas foram detidas em um galpão clandestino em Ribeirão das Neves. O grupo foi alvo da operação "Limpeza Profunda", realizada pela Receita Estadual na manhã de sexta-feira, 3 de maio.
De acordo com o Jornal O Tempo, as investigações começaram no final de fevereiro. Segundo a Superintendência de Fiscalização da Receita Estadual, o produto sem procedência era colocado em caixas idênticas às da de líder de mercado.
"Vamos fazer o trabalho pericial, e o procedimento investigativo continua para localizar onde está sendo fabricado esse sabão e qual seria o destino do produto. O foco é descobrir todos que estão por trás do esquema de falsificação”, contou o delegado Magno Machado, da Polícia Civil, que acompanhou a operação.
A investigação agora busca identificar os fabricantes clandestinos e o comércio que adquiriu a mercadoria para revenda. Segundo a Receita Estadual, a estimativa é que o esquema de falsificação tenha causado milhões de reais de prejuízo aos cofres públicos.
“Trabalhamos para garantir a concorrência leal entre os contribuintes do nosso estado. Com base nas investigações de inteligência analítica e de auditorias, a Receita Estadual chegou a este estabelecimento que faz a falsificação do sabão em pó Omo. Esses produtos seguem para o comércio com notas fiscais falsas”, revelou o auditor fiscal Pierre Julião.
A empresa
A Unilever, responsável pela fabricação do sabão Omo, tem fábrica instalada em Pouso Alegre, no Sul de Minas. Ela está na cidade desde a década de 1970, onde emprega, atualmente, 1.100 profissionais, com 800 funcionários diretos e 300 indiretos.