Um incidente de trânsito envolvendo um ônibus e uma viatura da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) na Avenida Denise Cristina da Rocha, em Justinópolis , na noite da última terça-feira (7), resultou em uma abordagem policial marcada por alegações de truculência.
Segundo relatos e vídeos que circulam online, a colisão entre os veículos ocorreu em via pública, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. Após o choque, a Polícia Militar realizou a abordagem ao motorista do coletivo.
De acordo com a versão inicial da PMMG, a ordem de parada foi dada após a colisão, e o motorista do ônibus teria descido do veículo exaltado, alegando não ter visto a viatura. Em seguida, os policiais constataram que o condutor utilizava fones de ouvido. A corporação informou que o teste do bafômetro realizado em ambos os motoristas resultou negativo para o consumo de álcool.
No entanto, testemunhas e gravações contestam essa versão e a conduta dos policiais durante a abordagem após à colisão. As imagens sugerem que a viatura interceptou o ônibus de maneira abrupta, resultando em batida leve. Passageiros relatam que, mesmo após o acidente, os policiais teriam agido com hostilidade e agressividade contra o motorista, que tentava contatar a empresa para informar sobre o ocorrido.
A PMMG sustenta que o uso de fones de ouvido por parte do motorista configura infração média de trânsito, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sujeita a multa e pontos na CNH. Contudo, a justificativa para a abordagem e, principalmente, a forma como foi conduzida após a colisão, são questionadas pelos passageiros.
A reportagem tentou entrar em contato com do batalhão da Polícia Militar de Ribeirão das Neves para obter um posicionamento oficial sobre a dinâmica da colisão e as denúncias de truculência na abordagem, mas não obtivemos sucesso.