Fruto de 7 anos de pesquisa dos departamentos de Educação Física, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Engenharia Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com recursos aplicados em torno de R$ 8 milhões, uma veste especial promete otimizar a postura e o movimento corporal para ajudar no tratamento terapeutico de pacientes e melhorar o rendimento de atletas em diversas modalidades. Além da equipe acadêmica, o projeto tem a participação do fisioterapeuta nevense Renato Loffi, que atua como pesquisador externo.
De acordo com o fisioterapeuta, os estudos são baseados na organização da estrutura do corpo e parte de três premissas: a interconexão, a triangularização e o pré-stress. A partir daí, foi desenvolvido um modelo para melhor absorção e distribuição de impactos para fazer com que determinadas partes do corpo, como o joelho, por exemplo, redistribua a força das colisões e não sobrecarregue apenas um local.
Um exemplo vindo da natureza é a teia de aranha, que serviu de base para a formulação da veste especial devido à combinação de tração e compressão a fim de proporcionar estabilidade à sua estrutura.
Com o uso terapêutico, a veste vai servir para doenças da área neurológica, como a paralisia cerebral e o acidente vascular cerebral (derrame) e os problemas ortopédicos. Na prática esportiva, a roupa contribuirá para melhorar o desempenho de atletas, já que pode otimizar o que o corpo ou o sistema muscoesquelético fazem.
A previsão é de que a roupa de alta tecnologia esteja em produção até o final do ano. Para isso, a empresa que dispõe do licenciamento da tecnologia para explorar o produto, a Treini, tem interesse de se instalar na região de Justinópolis. Os investimentos, segundo a empresa, são da ordem de R$ 20 milhões.