A situação dos refugiados e migrantes, em relação ao acesso à saúde, educação, moradia, trabalho e outras dificuldades, tem desafiado e exigido a tomada de atitude do poder público. Uma pesquisa desenvolvida por professores da PUC Minas revelou que Ribeirão das Neves está entre os destinos preferido da maioria dos imigrantes do Haiti que fugiram do caos que se instalou no país depois do terremoto de 2010.
Em Minas Gerais, o Governo do Estado criou o Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo (Comitrate). Os membros, representantes dos poderes públicos estadual e da sociedade civil, tomaram posse no final do mês passado. O comitê é uma instância colegiada de caráter consultivo, deliberativo e propositivo vinculado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac).
A primeira reunião aconteceu no final de janeiro deste ano. O trabalho é dividido em três câmaras técnicas: Câmara Técnica de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas; Câmara Técnica de Trabalho Escravo e Trabalho Infantil; e a Câmara Técnica de Migração, Refugiados e Apátridas.
Em levantamento preliminar da situação dos migrantes e refugiados em Minas Gerais, por meio de reuniões com os municípios, dão conta da grande concentração de imigrantes, além de Ribeirão das Neves, nas cidades de Contagem, Esmeraldas e Betim.